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Jorge Augusto de Almeida

Fundador e ex-coordenador geral do Sintuperj/UERJ

5 artigos

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Assim Caminha o Povo Brasileiro – ou – População Adormecida

O Brasil vive um retrocesso no nível de conscientização política, aliado a falta de mobilização popular, é preciso unidade e reação urgente para reverter tal quadro. Mesmo durante o período da ditadura militar institucionalizada como política de governo o movimento social não se calou

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O Brasil vive um retrocesso no nível de conscientização política, aliado a falta de mobilização popular, é preciso unidade e reação urgente para reverter tal quadro. Mesmo durante o período da ditadura militar institucionalizada como política de governo, o movimento social não se calou, muito pelo contrário, ocupou ruas e praças e gritou em todos os cantos do país as palavras de ordem em prol da democracia ex.: “Abaixo a Ditadura;” “O Povo Unido, Jamais Será Vencido;” ou “Povo Unido é Povo Forte Não Foge a Luta, Não Teme a Morte.” E, embalados por esses movimentos, finalmente chegamos às eleições diretas para Presidente da República.

evidente que a vitória da democracia sobre o regime autoritário, custou a vida de muitos trabalhadores sindicalistas, estudantes, políticos de oposição ao regime, entre outros ativistas das artes, da imprensa, enfim todos que se insurgiram contra o braço armado da ditadura sofriam represálias com perseguições, prisões espancamentos, torturas física e mental, sendo que alguns se viam obrigados a procurar asilo político fora do país. Mas a tarefa a ser colocada em prática neste momento, é exatamente evitar o retorno desse período maldito. Digo isso, por perceber uma aparente inércia assentada nos movimentos social e sindical. 

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É verdade que estamos vivendo um momento inédito do ponto de vista da incapacidade de aglomeração física, o que não nos impede de aglutinar forças através do diálogo ainda que virtual, porém sistematicamente intermediado por um núcleo político com representatividade e de oposição às atrocidades que vêm sendo cometidas pelos governantes. 

Porque, parafraseando os versos da canção do Lenine, “Mesmo quando todo mundo pede um pouco mais de calma, e um pouco mais de paciência, a vida não para. A vida não para não” ...

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A população em geral anda meio adormecida sob o efeito do ópio absorvido nas eleições de 2018. Ao permitir o resultado que reconduziu o militarismo ao poder, de certa forma, também concordou com o ressurgimento de uma velha concepção de governo, cujos resultados testemunhamos através da sua prática genocida, tanto na política, quanto na administração, principalmente nas áreas da saúde e da educação.

O Brasil já ultrapassou o nº de 120.000 vidas ceifadas e mais de 3.800.000 de casos de Covid 19, superando países como a China, Itália, Espanha e a Rússia, que no início da Pandemia figuravam entre os mais afetados pelo Coronavírus. Mas, parte da população resolveu seguir, “desmascarada,” o Presidente e seus péssimos exemplos exibicionistas, em público, sem qualquer tipo de proteção individual contra o vírus, incentivando aglomerações e patrocinando os ataques aos poderes constituídos.

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Ao mesmo tempo, os movimentos oposicionistas organizados caminham como tartarugas no sentido contrário à essa situação de aparente conivência com “as ordens do rei,” que faz dos seus súditos massa de manobra. Precisamos barrar a ameaça da política de dominação, e mostrar para todos que “o rei está nu.” Para isso será necessário revigorar nossas entidades representativas e apoiá-las na tarefa de conquistar corações e mentes, com mobilização maciça e disposição para enfrentar e derrotar o projeto de destruição nacional. ´

O Presidente Bolsonaro, que se elegeu ao surfar na onda arquitetada contra a Presidenta Dilma e em meio à prática das Fake News, tem se mostrado uma verdadeira fraude aos interesses do país. Não são poucos os seus equívocos e comportamento desastroso demonstrados como chefe da nação: sua submissão ao imperialismo Norte Americano – diga-se de passagem descartado pelo seu guru o Presidente Trump; – suas destacadas políticas contra outras nações; suas firulas diárias como se estivesse em plena campanha eleitoral; sua defesa incondicional às trapalhadas e fanfarras de seus ministros, aliados e às marolas promovidas pela sua prole. Tudo isso, em contraste com o bem comum.    

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Ainda assim, o Presidente da República extrapola o próprio limite quando, em plena crise pandêmica, declara seu antagonismo à ciência e classifica o coronavírus como uma simples “gripezinha.” Com isso, desqualifica a comunidade científica do Brasil e do mundo, promove um verdadeiro troca troca no Ministério da Saúde e, por fim,  coloca no controle da propagação da doença um militar sem formação de medicina, consequentemente, sem conhecimento e experiência nas áreas de imunologia; de infectologia; de parasitologia; de pneumologia; de cardiologia; de nefrologia, em suma, um Ministro da Saúde carente da formação em ciências médicas, com ênfase em medicina sanitária.

Como se não bastasse, Bolsonaro não demonstra o mínimo respeito pelos profissionais que se expõem cotidianamente, com atividades essenciais no front de enfrentamento à doença, com numerosos casos de infectados e de mortes entre os trabalhadores da área de saúde. Fica flagrante também a falta de respeito e a banalização da vida das pessoas, manifestadas no seu caráter desumano e desprovido de solidariedade com a dor e o sofrimento causados aos familiares daqueles que não sobreviveram à luta contra o inimigo invisível, o coronavírus.   

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Diante desse caminhar desastroso e generalizado, me confesso um cidadão extremamente preocupado com os rumos do país. 

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