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Petronio Portella Filho

Economista formado na UnB, com mestrado na Universidade de Minnesota e doutorado na Unicamp. Consultor concursado do Senado Federal. Autor de três livros: A Moratória Soberana, Os Sapatos do Espantalho e Mentiras que Contam Sobre a Economia Brasileira.

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Até a Jovem Pan abandonou Bolsonaro

Augusto Nunes, Caio Coppolla e Guilherme Fiúza (Foto: Reprodução)

A vitória de Lula já foi reconhecida por todos os aliados de Bolsonaro. Em menos de 2 dias, todos os líderes estrangeiros,  inclusive  extremistas que ele considera aliados como Putin, reconheceram a vitória de Lula. 

No Brasil, dias antes da eleição, Bolsonaro tentou mobilizar os militares e fracassou. Após a eleição,  a debandada foi geral. O Procurador-Geral da República, os governadores bolsonaristas,  os presidentes da Câmara e do Senado,  o vice Mourão,  os políticos do centrão, os evangélicos -- ninguém aderiu ao discurso golpista contra as urnas eletrônicas. Os ratos ou fugiram do navio ou ficaram em silêncio.

A única frente golpista que segue resistindo é a greve dos caminhoneiros. Mas ela foi contestada pelos principais líderes do movimento e começou a ruir ontem à noite, quando Alexandre de Moraes ameaçou de prisão e multa o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.  A decisão do ministro foi confirmada hoje de manhã pela maioria do STF. 

Por último,  até a Jovem Pan o abandonou. Ela demitiu quatro influenciadores bolsonaristas: Caio Coppola, Augusto Nunes, Guilherme Fiuza e Guga Noblat. Além disso, parabenizou Lula pela vitória e pediu a Bolsonaro que fizesse o mesmo. 

É cedo para cantar vitória contra o fascismo.  Mas o Brasil está tendo por enquanto uma transição de governo mais pacata e mais civilizada do que a dos EUA de Trump. Quem diria! 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.