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Euris Morato

Economista pela UnB e Doutor em economia do Desenvolvimento pela Univ. de Montpellier - França

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Banco Central com juros elevados impede o desenvolvimento do Brasil

Na realidade atual, as manutenções de juros altos irão beneficiar apenas o já riquíssimo sistema financeiro nacional, com lucros mais do que abusivos

Roberto Campos Neto (Foto: Raphael Ribeiro/BCB)

Brasil, via um Banco Central autônomo, mantém a 2ª maior taxa de juros real do mundo.

Absurdo, o INPC anual em maio, que é o índice que mede a inflação e corrige salários e aposentadorias dos brasileiros, foi de apenas 3,93% (dados FIPE) e o Banco Central, sob a presidência de Campos Neto Neto, indicado por Bolsonaro e  com mandato até 2025, e o COPOM, manterem na reunião de 19.06.2024 a taxa Selic anual em 10,5%.

Tal ação monetária, com índice cerca de 2,7 vezes acima da inflação anual  medida, por ser uma precaução excessiva, vem prejudicando o crescimento da economia nacional e o governo do presidente Lula.

Tal ação de política monetária restritiva inibe drasticamente o crescimento do consumo, afetando a expansão da demanda interna e o próprio sistema  produtivo nacional, por consequência, reduzindo a arrecadação de impostos e dificultando a política fiscal do governo, com consequências outras como equilíbrios orçamentário, desvalorizações do real em relações a outras moedas,  etc.

Na realidade econômica brasileira atual, as manutenções de juros altos irão beneficiar apenas o já riquíssimo sistema financeiro nacional, com lucros mais do que abusivos. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.