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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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Barbárie ou civilização?

Entre Lula e Bolsonaro temos dois caminhos: o da civilização ou o da barbárie. Será isso uma difícil escolha?Ou será que vão dar continuidade ao golpe (o que ficará agora bastante explícito) e tirar Lula também das eleições de 2022?

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Não dá para comparar o incomparável. Porém, nas eleições de 2018, o Estadão, a Folha de São Paulo e o Globo se esforçaram enormemente em equiparar, de forma mentirosa (não encontro outro termo que melhor defina tal atitude), Fernando Haddad e Jair Bolsonaro.  

O primeiro, como ex-ministro da educação, realizou uma gama de ações visando democratizar o acesso ao ensino superior (Programa Universidade Para Todos – PROUNI), aperfeiçoar os instrumentos de avaliação de desempenho dos estudantes da educação básica (implantação de um novo modelo do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, que também passou a ser utilizado como critério de seleção dos estudantes para concorrer a uma bolsa no PROUNI), valorizar os profissionais da educação com a implantação do Piso Salarial Nacional para os professores da educação básica (uma luta histórica dos professores deste país), expandir as universidades públicas e institutos federais para diversas cidades do interior do país, reestruturando também a carreira dos professores do magistério superior, dentre outras questões que buscavam promover o ambiente democrático como, por exemplo, as questões ligadas à diversidade social. Na Prefeitura de São Paulo, pautou-se pelo respeito, diálogo e construção de consensos.  

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O segundo, como deputado federal, sempre exerceu seu mandato com pouquíssimas realizações (em décadas no parlamento, quantos projetos de lei foram apresentados por ele? Quantas contribuições dadas em debates de temas políticos nacionais?), restringindo-se aos discursos enaltecendo a ditadura civil-militar, louvando os torturadores, atacando a democracia e propagando falas de intolerância e ódio aos grupos e pessoas progressistas (ou simpatizantes).  

E, mesmo assim, os jornalões citados acima, em editoriais ou através de seus colunistas – Vera Magalhães, Eliane Cantanhêde, Merval Pereira, dentre outros –, disseram que nas eleições de 2018, entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, tínhamos “uma escolha muito difícil”, pois ambos eram “extremistas”. O que chega a ser RIDÍCULO! Mas muita gente embarcou nessa MENTIRA, infelizmente. 

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Agora, com o retorno do ex-presidente Lula ao cenário político nacional, novamente tais jornais e figuras buscam reeditar essa MENTIRA, tratando de equiparar Lula à Bolsonaro (com matérias dizendo assim: “Lula é igual à Bolsonaro” e/ou “os dois extremos” e/ou “a polarização de volta”, etc.) para viabilizar um nome de centro (que na verdade não é de centro, mas sim da direita liberal), que seja “moderado”.  

Entretanto, em relação ao ex-presidente Lula, tanto no que concerne ao seu governo (2003 a 2010), que erradicou a fome, que retirou milhões de brasileiros da miséria e da pobreza, combinando crescimento econômico com inclusão social, e que tornou o Brasil a 6º economia do mundo, quanto ao seu discurso histórico proferido nessa semana (no dia 10/3/21), de união e conciliação nacional em prol de resolver os principais problemas gerados pela crise sanitária, pelo desemprego e pela desigualdade social, fica muito difícil de colar nele a pecha de “extremista”, de que “ele é igual à Bolsonaro”. 

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Não há nem de longe, a não ser por MÁ-FÉ e MENTIRA (e isso é café pequeno para uma elite que foi capaz de montar uma farsa política e jurídica, respectivamente impeachment, 2016, e prisão de Lula, 2018), possibilidade de equiparar Lula à Bolsonaro, este um (des)governante à favor da morte, das fake news, do preconceito, da perseguição a determinados grupos sociais (professores, mulheres, LGBTQI+, afro-descententes, indígenas...) da proteção à sua família corrupta (ligação com milícias, participação em rachadinhas, etc.) e, sobretudo, contrário a soberania nacional, a proteção social, a inclusão social e a distribuição de renda. Com discursos de intolerância e ódio, negacionismos e uma política neoliberal selvagem ultrapassada (que só leva à fome e à miséria), cujo maior expoente é Paulo Guedes, Bolsonaro está destruindo o país. 

Devemos ficar atentos a essa MENTIRA, a essa FALSA comparação que querem fazer entre Lula e Bolsonaro, dizendo que são iguais. Essa descabida e mentirosa comparação já vem sendo feito por indivíduos como LUCIANO HUCK, LUIZ ENRIQUE MANDETTA, JOÃO DÓRIA E CIRO GOMES (além dos jornalões citados). Se eles estão mentindo para a população brasileira sobre isso, imagina sobre o que vão mentir na Presidência da República. 

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Entre Lula e Bolsonaro temos dois caminhos: o da civilização ou o da barbárie. Será isso uma difícil escolha?

Ou será que vão dar continuidade ao golpe (o que ficará agora bastante explícito) e tirar Lula também das eleições de 2022? 

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Luciano Everton Costa Teles

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