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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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BC cria na eleição clima de fuga de capital

O Banco Central deu um recado esquisito depois da reunião do Copom em que manteve a Selic em 6,5%. Disse que está tudo nos conformes, mas… Alertou que se a coisa piorar, será preciso agir. Ou seja, subir juro

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BC especulador

O Banco Central deu um recado esquisito depois da reunião do Copom em que manteve a Selic em 6,5%.

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Disse que está tudo nos conformes, mas…

Alertou que se a coisa piorar, será preciso agir.

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Ou seja, subir juro.

Por que esse alerta, agora, às vésperas da eleição?

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Tem ou não gato nessa tuba?

A economia está tipo Tancredo na mão dos médicos, como no filme de Sérgio Resende.

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A inflação não sobe e os juros, também, porque, sem consumo, as fábricas e o comércio estão fechando e desempregando gente.

O perigo é justamente a economia desabar, o que exigiria juro zero ou negativo para salvá-la.

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Mas, se se admite que o juro pode subir, o que é um contrassenso no ambiente recessivo, como ficará a economia já abrindo o bico?

A quem interessa piorar o que já está muito ruim, com o fracasso explícito do congelamento neoliberal do Consenso de Washington, assumido pelo governo golpista de Temer-PSDB-PMDB?

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Especulação avança

Cresce zum-zum-zum no mercado de que poderia pintar novo calote na poupança do povo.

A quem interessa essa especulação?

O que quer o mercado especulativo, agora, se o programa que ele defendeu, o PONTE PARA O FATURO, foi para o saco?

O povo está dando resposta aos ideólogos do neoliberalismo que desenhou o programa golpista.

O candidato do PMDB, Meirelles, cresce como rabo de cavalo, prá baixo, 2%.

O do PSDB, Alckmim, também, está mijando no sapato, despencou para 7%.

Rabo de égua.

O mercado especulativo ficou sem os dois sustentáculos políticos(PMDB-PSDB) com os quais negociava para dar as cartas no governo Temer e no Congresso.

O golpe institucional de Aécio Neves, de contestação à vitória petista dilmista de 2014, jogando a democracia no inferno astral, bichou a economia e inviabilizou eleitoralmente PMDB-PSDB.

Os golpistas foram condenados pela ideologia utilitarista que dá base política e jurídica às demandas do capitalismo no parlamento.

“Tudo que é útil é verdadeiro. Se deixa de ser útil, deixa de ser verdade”(Keynes).

A quem agora o mercado vai apoiar, na falta da sua sustentação ideológica, expressa, claramente, nos posicionamentos dos tucanos e dos peemdebistas, no poder, com Temer, o ilegítimo?

Democracia em perigo

Foi, politicamente, fatal a união de ambos no golpe institucional de 2015 e 2016, como acaba de denunciar o ex-presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati.

A casa caiu em cima da narrativa falsa de que não houve golpe.

A confusão na elite financeira é total.

Em reunião na casa do marqueteiro e publicitário, Nizan Guanaes, 150 empresários, banqueiros e agricultores, segundo o zum-zum-zum, no Uol, disseram que topam qualquer parada, menos o PT no poder.

E, agora?

Rasgar a democracia, se o PT chegar lá com Haddad-Manuela, apoiado, decisivamente, por Lula, como admitem as pesquisas?

O pânico tomou conta dos credores da dívida pública que abocanham, em forma de pagamento de juros e amortizações, 40% do total do Orçamento Geral da União(OGU), de R$ 2,7 trilhões, realizado no ano passado.

Sem referência sustentável, eleitoralmente, no PMDB e no PSDB, temem tanto Haddad, como Bolsonaro e Ciro Gomes.

Intervenção estatal

Haddad disse que vai combater juros tomando dinheiro dos bancos, se cobrarem spreads altos.

Mais spreads, mais impostos; menos spreads, menos impostos.

Nítida interferência estatal no mercado especulativo.

Tirar dos ricos para dar aos pobres.

Bolsonaro, idem, virou perigo para a banca.

Paulo Guedes, seu guru, na economia, quer volta da CPMF, imposto sobre movimentação financeira.

Paga mais quem gira mais o dinheiro; paga menos, quem gira menos.

Outra vez intervenção estatal clara: pegar dinheiro dos que têm, para distribuir para os programas sociais, favorecer os que não têm.

CPMF é o olho do Estado no dinheiro que os bancos circulam diariamente na economia.

Ciro Gomes, também, se chegasse ao Planalto, seria interventor no mercado financeiro.

Forçaria negociação da banca com os 63 milhões de inadimplentes atuais, para aliviar dívidas e aquecer consumo.

Mercado financeiro se vê cercado de adversários e fantasmas por todos os lados.

Fogo na gasolina

Nesse contexto, o Banco Central contribuiu para aumentar a volatilidade, ao deixar ameaças no ar,  quando sua missão seria jogar água na fervura.

O BC fortalece corrida para o dólar, com essa posição irresponsável, especulativa.

Argentina à vista no Brasil?

Qual a arma dos especuladores, nessa hora, senão fugir?

Nunca é demais lembrar Roberto Campos, ministro do Planejamento do governo Castelo Branco, para quem o capital especulativo é, essencialmente, covarde.

Ao excluir o PT, como possibilidade de poder, como fizeram os especuladores na casa de Nizan Guanaes, eles se candidatam a uma reação inesperada, típica dos covardes.

Como não considerar que preparam um golpe especulativo diante da situação sobre a qual não têm controle, jogando merda no ventilador da eleição?

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