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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Bicentenário da independência: O que há para comemorar?

(Foto: Arquivo/ABr)
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O primeiro desfile em comemoração a Independência do Brasil, pós-pandemia, seguiu ao esperado pelo governo, em termos de evento. A eventualidade, foram os helicópteros sobrevoando um dia antes algumas regiões do Rio de Janeiro e paraquedistas caindo tal qual a música It's raining men!, das Weather Girls. Esses paraquedistas que caíram pelas ruas e ficaram pendurados em árvores, lembrou o último desfile na Esplanada dos Poderes em Brasília, onde tanques exibidos em desfile mostraram problemas mecânicos e provocaram vários memes na internet. 

Toda preocupação foi à disseminação, por parte dos bolsonaristas e do próprio presidente da República, sobre uma possível confusão nas ruas, na Esplanada dos Poderes e consequentemente uma possibilidade velada de Golpe institucional. No ano passado, havia possibilidade de um feriado prolongado, mas o medo de confusão pelas ruas fez muita gente ficar atochado em suas casas. O risco institucional está constantemente sendo tensionado por Bolsonaro, tendo parte das Forças Armadas apoiando seus ideais golpistas. Já foi dito que em diversas ocasiões, que esse seria o derradeiro 7 de Setembro e que seu chamamento iria varrer os problemas brasileiros, tendo ele carregado aos braços do povo. Tal qual Jânio Quadros, nada ocorreu.

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Essa aspiração de tomada do poder, com o apoio do povo é um ideal de Bolsonaro, mas apenas em sua imaginação. Com seu apoio nas ruas despencando cada vez mais, demonstra que sua força de 2018 cada vez desaparece mais, mas que seus movimentos violentos devem ser observados e impedidos a cada mínimo texto antidemocrático proferido. Não obstante, seu palanque este ano foi abandonado por aliados e nas eleições, foi preciso chantagem do presidente para que colocassem sua imagem veiculada aos pretensos candidatos de sua coligação, em troca de verba. Esse modo operandos de Bolsonaro sempre preocupa, principalmente em se tratando de datas comemorativas como essa. Já dizia o ex-ditador Geisel sobre Bolsonaro:  “um mau militar”. 

Muitos entocados em suas casas se perguntaram: “Já fecharam o STF?”. A resposta é sim. Mas reabre amanhã. O golpe não aconteceu apenas a usurpação da data para si, além da camisa da Seleção Brasileira que depois de sequestrada, elegeram a azul como a preferida. A capacidade de Bolsonaro de acabar com tudo que toca como um Midas ao contrário, interfere até em uma data redonda como o Bicentenário da independência. Poderíamos exaltar a reabertura do Museu do Ipiranga com um trabalho de restauração importantíssimo ou a vinda do coração de Dom Pedro I, que apesar de mórbido, mostra a importância dada a data.

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Bolsonaro é uma desonra as comemorações que deveriam ser festivas, mas que são apagadas devido ao temor de golpe e rompimento das instituições. O presidente deseja um povo armado que, principalmente nessas situações em que insufla seus apoiadores mais radicais a atacarem a bala seus “inimigos”, condenam todo um país a um constante medo. Este mesmo presidente quer ficar na cocheira de uma situação de confusão, para no final abraçar os louros de seu discurso de ódio. Não obstante, tivemos um bolsonarista que foi atacar a Cristina Kirchner.

Estamos exportando o fascismo também para nossos países irmãos, onde a esquerda está voltando ao poder para consertar todo esfacelamento provocado por uma direita liberal e violenta. Mas agora, Bolsonaro incentiva as atitudes de neonazistas no Brasil, como o do brasileiro assassino Fernando André Sabag Montiel, que exibia uma tatuagem do Sonenrad ou sol negro, em referência à iconografia do Partido Nazista, o mesmo usado atualmente pelo grupo Azov, o batalhão Nacionalista Neonazista da Ucrânia, e também foi o mesmo símbolo usado pelo terrorista Neozelandês de Churtland, que assassinou mais de 50 pessoas desarmadas.

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Faltando pouco para as eleições, o Golpe na data do dia 7 de setembro não aconteceu. O Brasil não é Desordem e Regresso. É muito maior e vamos recuperar os símbolos usurpados pela extrema-direita.

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