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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Biden barra sucesso diplomático Lula-Putin pela Sputnik

Em seu movimento, politicamente, explosivo, em Brasília, nessa semana, Lula se transforma no centro da disputa geopolítica entre Biden-Putin na guerra da vacina

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Governadores reivindicam Sputnik

Embaixada americana, segundo fontes petistas, teria articulado com Planalto para frustrar encontro diplomático entre Lula e Alexey Labetskiy, embaixador russo, objetivando negociação pela vacina Sputnik; esta se transformou em alvo de ataque preferencial do presidente Biden, para favorecer vacinas americanas, no Brasil e na América Latina; ousadamente, o ex-presidente, já em campanha eleitoral, no contexto da guerra da vacina EUA-Rússia, impacta o ambiente político no momento em que CPI do Genocídio começa seus trabalhos, para investigar desastre sanitário produzido pelo governo Bolsonaro, com mais de 400 mil mortes, cujas consequências podem desembocar no impeachment bolsonarista.

Pressão na CPI

Nessa cruzada, Lula conta com apoio de governadores e prefeitos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, super-pressionados pela população, apavorada com escassez da oferta da Coronavac chinesa, que já leva governo cancelar segunda dose dela em diversas capitais brasileiras. Em pânico diante do ataque geopolítico americano, que consegue manter proibida a Sputnik e incerta a oferta da Coronavac, executivos estaduais e municipais vão para cima da CPI em busca de socorro; Lula buscou contraponto ao comportamento de Bolsonaro, rendido à geopolítica de Washington, cuja determinação, na pandemia, é boicotar as vacinas russa e chinesa, ameaças às concorrentes anglo-saxônicas no mercado global. Em seu movimento, politicamente, explosivo, em Brasília, nessa semana, Lula se transforma no centro da disputa geopolítica entre Biden-Putin na guerra da vacina.

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Ressurreição dos Brics

A combinação de Lula com russos é, por sua vez, sinal claro de que se disputar e ganhar a presidência da República, em 2022, possivelmente, polarizando com Bolsonaro, reanimará a geopolítica dos Brics,  considerada inimiga pelos Estados Unidos; Biden atua, decisivamente, para inviabilizar relações Brasil e Rússia, com a qual os Estados Unidos travam briga de vida e morte, no plano geopolítico; política externa brasileira sob eventual novo governo Lula fortaleceria estratégia tocada em parceria entre Xi Jiping, China, e Wladimir  Putin, Rússia; o objetivo de ambos é conhecido: ampliar, por meio dos Brics, as fronteiras econômicas da Eurásia, ao longo do século 21; essa é grande preocupação de Tio Sam, temeroso em ver união Rússia-China a exercer profunda atração na União Europeia, levando-a descolar-se de Washington, empenhado em melar relações Moscou-Berlim, para construção do maior gasoduto do mundo entre Rússia e Alemanha, na junção dos mares Negro e  Báltico; nesse contexto, o fortalecimento dos Brics é alvo fundamental de Lula, enquanto Bolsonaro trabalha, com Washington, para inviabilizá-lo; aumenta o temor dos americanos na disputa internacional, especialmente, diante da aliança  Moscou-Pequim, disposta em atrair Brasil para sua geopolítica conjunta.

Centrão na expectativa do impeachment

O esforço de Biden, principalmente, na tarefa de conquistar a Amazônia, é impedir geopolítica latino-americana que leve à aproximação com China e Rússia. A reanimação dos Brics, cuja criação teve dedo decisivo da geopolítica de Lula, agora, projetando-a para um futuro incerto em meio à pandemia, cresce como estratégia da esquerda, PT e aliados; trata-se de enterrar o mais rapidamente possível o neoliberalismo imposto ao Brasil com o golpe de 2016; a paralisia que provoca no consumo e na produção, responsável pela expansão incontrolável do desemprego, fortalece candidatura Lula e joga para baixo a de Bolsonaro; se Lula ataca a jugular do governo bolsonarista, o desemprego, ao defender o auxílio emergencial de R$ 600, que caiu para R$ 150, sob Bolsonaro, e busca a vacina, aproximando-se de Putin, pode virar alvo do Centrão; os centristas estão de olho no desgaste produzido pela CPI sobre presidente negacionista; o líder deles, deputado Arthur Lira(PP-AL), resistente em colocar em pauta, na Câmara, o impeachment, já fala que este depende das circunstâncias; nesse contexto, a candidatura Bolsonaro vê abrir-se sob seus pés a cova na qual pode ser enterrada, se ele for impichado.

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