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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Bolsonaro boicota vacina “do Dória” de olho em 22

"Prefere ver a população se contagiando e morrendo até chegar a vacina de Oxford, que está mais atrasada que a chinesa", avalia o jornalista Alex Solnik sobre a disputa entre Jair Bolsonaro e o governador João Doria

João Doria e Jair Bolsonaro (Foto: GOVSP | Alan Santos/PR)
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

O que faz um presidente normal quando um governador lhe propõe parceria para distribuição nacional de uma vacina contra a maior pandemia dos últimos 100 anos e que, ao que tudo indica, será a primeira a ser autorizada?

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Senta para conversar com ele, é claro, não importa de que partido seja, que ideologia tenha, nem que consequências isso terá na corrida eleitoral, pois o que está em jogo é a saúde da população, a preocupação número zero, ainda mais em tempos de pandemia.

Chama todos os governadores para todos juntos resolverem a logística e os aspectos financeiros da operação.

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E uma esperança se acende nos corações dos brasileiros depois de um ano terrível.

Um presidente normal, mesmo se já tivesse fechado acordo com uma das vacinas em fase final de testes, saberia, mesmo sem consultar o ministro da Saúde, se houvesse um, que uma só vacina não será bastante para atender às necessidades, quanto mais vacinas, melhor; todas elas, desde que eficazes e seguras são bem vindas.

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A primeira que for aprovada o governo tem que comprar. E a segunda e a terceira...

Não é gasto, é investimento. Na saúde e na economia.

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Até um bacilo de Koch percebe que o crescimento da economia depende diretamente do fim da pandemia, e a vacina, e só a vacina, pode ajudar nisso. E não delírios como esse do vermífugo.

Quanto mais vacina, e quanto antes, melhor para o país e para o presidente do país. É voto garantido em 22.

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Até o Trump está ansioso para vacinar seus eleitores antes de 3 de novembro.

Bolsonaro, no entanto, boicota a vacina chinesa, não só por ser da China, mas principalmente por ser “do Dória”, seu adversário potencial no campo da direita.

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É estarrecedor: ele impede acesso da população à saúde só para Dória não levar o troféu de pioneiro na vacinação contra a covid-19 no Brasil.

Não suporta a ideia de que Dória ganhe uma bela plataforma eleitoral. Ele está na lanterna das pesquisas, por ora, mas seguro morreu de velho. Sabe-se lá o que poderá acontecer se o governador conseguir vacinar o Brasil inteiro, não apenas seu estado.

Em vez de ganhar o troféu junto com Dória, opta por tirá-lo dele.

Prefere ver a população se contagiando e morrendo até chegar a vacina de Oxford, que está mais atrasada que a chinesa.

Ainda não inventaram – e como fazem falta - vacinas contra a estupidez, a ignorância e as bolsonarices.

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