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Renato Dias

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Bolsonaro celebra tortura e cuspe cidadão entra para História

"Contra o comunismo, aos que foram derrotados em 1964 e em 2016 e em memória de Carlos Alberto Brilhante Ustra, voto sim!"; as palavras foram pronunciadas ao microfone no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, Capital da República, pelo deputado federal Jair Bolsonaro [PSC-RJ], dia 17 de abril. Uma apologia ao crime. Um cuspe cidadão de Jean Willys [PSOL-RJ] entrou para a História 

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Sequestrada, presa e torturada nas dependências do DOI-CODi, sofri sessão de choques elétricos, pau de arara, afogamento, amaciamento com tapas e tortura psicológica.

Assim a atriz da TV Globo Bete Mendes, e então deputada federal, em 1985, sem partido, denuncia o major Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o maior centro de torturas à época da ditadura civil e militar. Ela o encontrou em uma cerimônia diplomática, 15 anos depois, em Montevidéu.

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Ares da ‘Nova República’. Presidente do Brasil, com a morte de Tancredo Neves, o bigodudo José Ribamar Sarney, não afastou o adido militar da Embaixada do Brasil no Uruguai. “Para não reabrir feridas”.

Contra o comunismo, aos que foram derrotados em 1964 e em 2016 e em memória de Carlos Alberto Brilhante Ustra, voto sim!

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As palavras foram pronunciadas ao microfone no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, Capital da República, pelo deputado federal Jair Bolsonaro [PSC-RJ], dia 17 de abril. Era a sessão especial que aprovaria o impeachment da presidente da República, a ex-guerrilheira da VAR-Palmares [Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares] e ex-presa política torturada nos anos de chumbo, Dilma Vana Rousseff Linhares. Condenada sem ter cometido crime de responsabilidade. Uma apologia ao crime.

Um cuspe cidadão de Jean Willys [PSOL-RJ] entrou para a História.

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DOI-CODI

Criado em 1969 e chefiado por Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 15 de outubro de 2015, sem pagar por seus crimes, o DOI [Destacamento de Operações de Informações] ganhara um codinome dos seus agentes: ‘Casa da Vovó’. A instituição produziu, já em 1969, o primeiro desaparecido político do Brasil, Virgílio Gomes da Silva, operário. Ele foi o coordenador operacional da captura, não é sequestro como diz o historiador Daniel Aarão Reis Filho, do embaixador Charles Burke Elbrick.

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De 1969 a 1991, quando acabou, o DOI-CODI prendeu 2.541 pessoas e alcançou 79 mortes. Leia-se: assassinatos, execuções extrajudiciais. Mais: 914 pessoas teriam sido encaminhadas para o órgão oriundas de outras unidades do aparato de repressão do regime civil e militar instalado em 1964. Destas, três morreram. É o que revela o jornalista Marcelo Godoy, repórter especial do jornal ‘O Estado de S. Paulo’, um dos conglomerados de comunicação que defenderam os golpes de 1964 e agora o de 2016.

Números da suposta ‘Ditabranda’, termo criado em editorial pela ‘Folha de S. Paulo’, veículo que abençoou tanto 1964 quanto 2016, apontam que 50 mil pessoas logo após 1964 foram presas, 10 mil exiladas, 6.592 militares punidos. Mais: 4.862 pessoas tiveram os seus direitos políticos cassados e 130 pessoas foram banidas do País. Além de quatro condenados à morte. Entre mortos e desaparecidos, 479. Preto no branco: 2.668 pessoas foram processadas por ligações com a luta armada no Brasil.

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Autor de ‘A Casa da Vovó’, Marcelo Godoy informa ainda que 400 das 876 denúncias de torturas e de violações dos direitos humanos catalogadas pelo Projeto Brasil Nunca Mais, acervo documental organizado por Dom Paulo Evaristo Arns e pelo reverendo Jaime Wright, publicado em forma de livro no ano de 1985, pós-instalação da ‘Nova República’, de José Ribamar Sarney, contra o DOI do II Exército, em São Paulo, ocorreram de 1969 a 1974, sob o comando de Carlos Alberto Brilhante Ustra.

O seu codinome ou ‘nom de guerre’: Dr. Tibiriçá.

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A tortura, como política de Estado, como conceitua o Daniel Aarão Reis Filho, virou arma de guerra como o fuzil AK-47. Motivo: ela era o mecanismo de se obter o suprimento mais precioso naquele combate: a informação. O jornalista de ‘O Estado de S. Paulo’ conta que o DOI-CODI teve três fases. Na primeira, sob o controle do major Waldyr Coelho (1969-1970), a decisão de matar tinha limites. Com Carlos Alberto Brilhante Ustra (1970-1974), banaliza-se a morte, centros clandestinos de prisão – como boate e sítios – são criados, há encenação de ti-roteios e atropelamentos, uso de informantes e desaparecimentos

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