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Bolsonaro e a estupidez das ilusões armadas

Não demorou muito, bastaram menos de dois meses de governo Bolsonaro, e eis que o Brasil chegou no limite entre a paz e a barbárie de uma guerra anunciada. Não apenas a caixa de Pandora do fascismo foi aberta, mas juntamente com ela, também as portas do inferno foram escancaradas

Bolsonaro e a estupidez das ilusões armadas (Foto: Ueslei Marcelino - Reuters)
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Não demorou muito, bastaram menos de dois meses de governo Bolsonaro, e eis que o Brasil chegou no limite entre a paz e a barbárie de uma guerra anunciada.

Não apenas a caixa de Pandora do fascismo foi aberta, mas juntamente com ela, também as portas do inferno foram escancaradas.

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A eleição de alguém absolutamente incompetente e despreparado, que levou consigo para o Palácio do Planalto o que há de pior na política nacional, despertou sentimentos e ações em alguns recortes da população, revelando o que de pior estava escondido no seio da sociedade.

Alguma paz social só pode ser mantida quando há uma noção mínima de conforto para a população, uma certa normalidade institucional, e também com alguma esperança de dias melhores.

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A normalidade e um mínimo de conforto estão sendo destruídos, e o que menos se apresenta no porvir é algum vento de esperança.
Os dias têm sido ruins, e o que mais se vê é a desesperança generalizada.

Nesses menos de dois meses de governo revelações de escândalos dos mais grotescos se confundem com as notícias sobre ataques aos poucos direitos sociais que havíamos conquistados mediante muita luta.

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A absolutamente criminosa proposta de Reforma da Previdência é um dos motivos da desesperança de uma parcela da população que não se encontra enganada, prostrada diante da campanha sórdida de um governo comprometido com o rentismo e os bancos, não com seu povo.

Um a um, nossos sonhos têm sido destruídos, despedaçados.

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Todos eles.

Nosso líder maior está na cadeia, preso injustamente, se provas, numa aberração jurídica de causar rubor nas faces tanto do mais liberal quanto do mais punitivista dos juristas.
A Petrobras, outrora orgulho nacional, jaz rapinada por uma quadrilha internacional de abutres salteadores, servindo ao capital estrangeiro.

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A violência, também reflexo de um governo protagonizado por um auto intitulado "profissional da violência", que inclusive a incentiva, aumenta assustadoramente, e piorou em muito a injustiça social no país.

Não há um Estado da Federação que não tenha organizada em seu território uma ou mais facções criminosas, e estas dominam o crime como se gerenciassem um negócio, e da maneira a mais violenta possível.

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O Rio de Janeiro jaz, há anos, controlado por milícias.
E já há notícias de que estas milícias se organizam em outros Estados.
É inegável o envolvimento de figuras do governo Bolsonaro, seus filhos, por exemplo, com tais milícias.

O painel supra citado já teria todas as cores de um quadro de horror, mas as tintas conseguem ser ainda mais tristes.
O que mais se vê nas ruas do País é a luta desesperada pela sobrevivência .
Vende-se toda sorte de quinquilharias, pessoas na porta dos restaurantes gritam cardápios do dia, vendedores fantasiados de palhaços anunciam ofertas com megafones.
Crianças, lutando pela sobrevivência como vendedores de balas e doces ou limpando para brisas, voltaram aos semáforos, humilhando-se em troca de alguns trocados.
Não obstante esse quadro absolutamente trágico, o governo Bolsonaro sustenta uma aventura belicista fratricida, absolutamente suicida, contra um parceiro comercial de décadas.

A Venezuela.

O Brasil de outrora, de tradição de paz, da diplomacia invejada por todos os países, de um Itamaraty altivo e pujante, protagonista na resolução de conflitos e com a tradição de conciliador, passa a ser um mero títere estadunidense, à reboque da política internacional do governo Trump e que, em se confirmando o desatino irresponsável do atual governo, se envolverá em um conflito armado com consequências inimagináveis.

Resta a pergunta: o povo brasileiro apoiará tamanha insanidade?

Em menos de dois meses o Brasil já causou atrito com diversos parceiros comerciais, isso para falar numa linguagem e sobre agenda que os "apoiadores" desse governo repetem recorrentemente, a agenda econômica, e para ficar apenas nesse tema.

Mas ora, entrar em um conflito armado, numa guerra que não é nossa - aliás abro um parêntese - esse conflito não é de outro alguém que não o povo venezuelano.
Causa-me engulhos, a mim e a todos os que compreendem a dimensão e o significado real de um regime democrático, E A VENEZUELA É UM REGIME DEMOCRÁTICO, essa sanha persecutória, verdadeiro fetiche que os Estados Unidos da América do Norte possuem em se autodeclarar "xerifes do mundo", quando deveriam respeitar de fato a autodeterminação dos povos.

Mas sabemos, e mesmo os mais ingênuos sabemos, que não é a democracia que fez brilhar os olhos de Trump e sua trupe, mas sim o brilho do visgo do ouro negro, o petróleo do qual os estadunidenses são tão dependentes.
Passo à seguinte reflexão:
Que alguém vote em um candidato absolutamente incompatível com o cargo, representante do que há de pior na sociedade podemos debitar não apenas à democracia, que permite a liberdade de escolha até mesmo dentro de certos extremos, mas também debitar tal contradição por conta da deficiência educacional e cultural dos envolvidos, aliada é claro a um fascínio pela violência e fascismo, que historicamente sempre caminharam juntos.

Isso posto resta a pergunta: a democracia falhou no Brasil?

Ao permitir que a farsa que atende pelo nome de "governo Bolsonaro", catapultada ao poder pelas redes sociais e WhatsApp, etambém pela farsa de um atentado que, salvo me convençam, não aconteceu, atentado que sequestrou o emocional de significativa parcela da população e que foi peça decisiva para alçar ao poder o pior presidente da História desse país, eu pergunto, enfático: a democracia falhou no Brasil?

E por falhar, pagaremos com o sangue dos nossos filhos o preço de uma aventura armada contra um país que está em paz conosco?

Reitero, o impasse na Venezuela é de alçada única e exclusivamente do povo venezuelano, e assim determina o respeito pela autodeterminação dos povos.

Que o Brasil detenha a sanha insana desse senhor que está no poder, um ex-militar que não pegará ele mesmo em armas para atacar a Venezuela, mas que, como marionete do governo estadunidense do também desequilibrado Donald Trump, ordenará que nossos jovens e reservistas se embrenhem numa luta fratricida sem sentido algum, um completo desvario.

"Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém", dizia a letra de uma música cantada por um jovem de uma geração posterior à minha, Alexandre Magno Abrão, o "Chorão" da banda Charlie Brown Jr.

Bolsonaro e sua equipe de governo estão em guerra constante, contra tudo e contra todos.
Eles são a própria guerra. A guerra para eles é um fim em si mesmo.

O povo brasileiro, que não quer guerra com ninguém, antes só quer a paz com todo mundo, quer que esse estúpido delírio belicista não aconteça, e que o pesadelo que é o governo Bolsonaro tenha uma solução de continuidade.

A única paz possível para o povo brasileiro é o fim das ilusões armadas, que começaram com o patético gesto de arminha feito com as mãos, mas que foram muito além de um simples e idiota gesto.

A única paz possível para o povo brasileiro éo fim da ilusão armada que é o governo Bolsonaro. O povo brasileiro quer paz e precisa de paz.
O povo brasileiro quer ser feliz de novo.

Por um Brasil feliz de novo!
(Entendedores entenderão)

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