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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Bolsonaro é sádico como os tiranos de Shakespeare

Jair Bolsonaro se diz Johnny Bravo, porém "está mais para Ricardo III, um dos tiranos retratados dessa maneira por William Shakespeare", afirma Alex Solnik, do Jornalistas, citando características como "autoestima ilimitada; tendência a violação da lei; prazer em infringir dor"; e "patologicamente narcisista"

(Foto: Isac Nóbrega - PR)
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Não, ele não é o babaca, mimado, egocêntrico, inconveniente, mas inofensivo Johnny Bravo; está mais para Ricardo III, um dos tiranos retratados dessa maneira por William Shakespeare: “autoestima ilimitada; tendência a violação da lei; prazer em infringir dor; desejo compulsivo de dominar; patologicamente narcisista; supremamente arrogante; espera lealdade absoluta, mas é incapaz de gratidão”.

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“Os sentimentos dos outros não significam nada para ele. Ele não tem graça natural nem senso de humanidade compartilhada nem decência” completa Stephen Greenwald, autor do livro ‘Tirano: Shakespeare sobre política”, professor de Harvard e um dos maiores especialistas no dramaturgo mais encenado no mundo até hoje.

Ele não está falando de Jair Bolsonaro, mas é como se estivesse. O atual presidente da República poderia ser um tirano de Shakespeare.

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O livro, ainda sem tradução em português foi lido “em uma tacada só durante um voo longo há alguns meses” por Thiago Amparo que o cita em artigo na edição de hoje da “Folha de S. Paulo”.

“Quem nos salvará”? pergunta Amparo e ele mesmo responde por meio de Greenblatt, que afirma, citando Macbeth que “em tiranias há aqueles que habitando o círculo do poder percebem a loucura de seu governante”.

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Para Greenblatt, “Shakespeare acreditava que os tiranos acabariam fracassando, derrubados por sua própria maldade e por um espírito popular de humanidade, que poderia ser suprimido, mas nunca completamente extinto”.

Quem bom seria se ele fosse apenas um Johnny Bravo.

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