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Alex Solnik

Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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Bolsonaro é um “virusbomber”

"Essa é uma das mais de mil novas palavras criadas pelos alemães desde a eclosão da pandemia, segundo o Instituto Leibniz de Língua Alemã e define, obviamente, quem espalha o vírus. Literalmente, significa 'bombardeiro de vírus'", relata Alex Solnik

Jair Bolsonaro (Foto: Joédson Alves)

Por Alex Solnik

Se morasse na Alemanha, Bolsonaro seria chamado de “virusbomber”.

Essa é uma das mais de mil novas palavras criadas pelos alemães desde a eclosão da pandemia, segundo o Instituto Leibniz de Língua Alemã e define, obviamente, quem espalha o vírus. Literalmente, significa “bombardeiro de vírus”.

Conhecidos mundialmente pela habilidade de criar novas e quilométricas palavras a partir das já existentes, os alemães batizaram de “Salamilockdown” os lockdowns que são prorrogados inúmeras vezes. “Salami” é salame mesmo.

Quem está em lockdown é “Gelockdownt”.

“Impfneid” é ter inveja de quem já foi vacinado.

“Abstandbier” significa “tomar cerveja mantendo distanciamento”.

“Coronafrisur” é “corte de cabelo feito em casa”.

“Pandemude” é quem está “cansado da pandemia”.

“Coronaangst” é “medo do corona”.

“Autokonzert” é “concerto que se assiste de dentro do carro”.

Máscaras têm uma penca de neologismos: “Mundschutz (proteção bucal), “Mundnasenschutz” (proteção ortofacial), “Behelfsmundnasenschutz” (máscara improvisada) e até “Gesichtskondom” (camisinha facial).

Usuários de máscaras ganharam várias definições.

“Maskenmuffel” é o “resmungão da máscara”.

“Maskentrottel” é o “idiota da máscara”.

Quem usa máscara na boca é “Nacknase” (nariz pelado).

“Abstandbier” é “tomar cerveja mantendo distanciamento”.

“CoronaFubgrub” quer dizer “duas pessoas se cumprimentando com os pés”.

Meus agradecimentos à “sprachreporter” Carolina Vila Nova, que revelou esse “Neues deutschprachiges Worterbuch” (Novo dicionário da língua alemã) na matéria “Alemães criam mais de mil novas palavras na pandemia” publicada hoje na Folha de S.Paulo. E ao criativo e culto povo alemão.

Vielen dank.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.