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Cesar Calejon

Jornalista, mestre em Mudança Social e Participação Política pela USP com especialização (MBA) em Relações Internacionais pela FGV. Autor dos livros A ascensão do bolsonarismo no Brasil do Século XXI, Tempestade Perfeita: o bolsonarismo e a sindemia covid-19 no Brasil e Sobre Perdas e Danos: negacionismo, lawfare e neofascismo no Brasil

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Bolsonaro fracassou em sua última grande cartada

"O melhor que o bolsonarismo pode fazer com os atos de ontem é material de campanha que será usado ao longo das próximas semanas", escreve Cesar Calejon

Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro no desfile cívico-militar de 7 de Setembro de 2022 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Por Cesar Calejon, para o 247 

Os eventos de ontem organizados pelo bolsonarismo durante a Independência do Brasil foram a última cartada do atual governo. Reunindo a dimensão do patriotismo nacional e o ar de lance final de Bolsonaro frente à Presidência da República, os atos foram capazes de reunir um público expressivo nas cidades de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. 

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Contudo, o bolsonarismo tinha dois grandes objetivos com as convocações de ontem que, a meu ver, fracassaram, ainda que fragorosamente: (1) tentar mudar a correlação de forças na disputa com Lula e (2) preparar o terreno para um golpe de estado ao se confirmar a derrota eleitoral. 

Nesses dois aspectos centrais, o bolsonarismo sequer chegou perto de ter sucesso com o público que reuniu em apenas três cidades da República. Na melhor das hipóteses para o atual governo, os movimentos de ontem serviram para criar uma falsa impressão de que Jair Bolsonaro e os seus filhos não poderão enfrentar o peso da justiça a partir do ano que vem.

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Ainda assim, essa impressão também é falsa, porque o ato de ontem não reflete a força do bolsonarismo, propriamente, mas se deu por conta de uma conjunção específica de fatores que dizem respeito à última chance que a parcela da população que se alinhou com o bolsonarismo durante os últimos anos teve de se manifestar antes das eleições e à captura da data que mobiliza sentimentos nacionalistas para fins eleitoreiros. 

No ano que vem, fora da Presidência da República e caso não esteja preso, as mesmas convocações feitas por Bolsonaro nesse dia não reunirão um terço do público que foi verificado ontem.

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Neste sentido, o melhor que o bolsonarismo pode fazer com os atos de ontem se resume ao material de campanha em termos de fotos e imagens que serão usadas ao longo das próximas semanas, o que não evitará a iminente derrota que inexoravelmente se aproxima.

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