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Celso Raeder

Jornalista e publicitário, trabalhou no Última Hora e Jornal do Brasil, é sócio-diretor da WCriativa Marketing e Comunicação

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Bolsonaro já está rebaixado pra segundona

Por ironia, talvez o debate sério sobre essa estrutura eleitoral fraudulenta, seja a única coisa boa deixada por este governo que já está rebaixado. O futuro presidente, democrata, estadista e competente, como deve ser, prestará um grande serviço ao país, se construir bases sociais que evitem a volta desses aventureiros, que alcançaram o poder em cima de fraudes

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Dá pra imaginar um time de futebol, que ocupa a última posição na tabela, ameaçar o campeonato do ano seguinte, sob o argumento de que não confia no VAR? Pois é exatamente isso que Jair Bolsonaro, matematicamente rebaixado para uma vaga de vereador, está querendo com o tal voto impresso. Pelo conjunto de fracassos que coleciona, o presidente só teria chances de vitória numa eleição para dirigente do IBIS, clube piauiense que se consagrou como o “pior time do mundo”, onde seria eleito com a promessa de transforma-lo na “pior equipe das galáxias”. 

Dom Rosé Cavaca, um humorista da década de 1960, foi quem imortalizou a frase “o goleiro é tão desgraçado, que até onde pisa não nasce grama”. A expressão cai como uma luva (de goleiro) na gestão bolsonarista. Educação, saúde, economia, segurança, moradia, emprego e renda, políticas sociais, relações internacionais, cultura, tudo se transformou em terra arrasada. A única coisa que vicejou neste governo foi a erva daninha da mentira, do ódio, do dinheiro público irrigando bolsos de militares com privilégios e mamatas em cargos públicos. 

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Nos catorze anos em que foi titular do ataque do Ibis, Mauro Shampoo só conseguiu fazer um único gol. Mesmo assim alcançou melhor resultado, uma vez que Jair Bolsonaro, entrando no quarto ano de mandato, só fez gol contra. Carne de segunda a R$ 40, multidões disputando ossos em porta de açougue, precarização do trabalho sem qualquer sinal visível no aumento da oferta de empregos, 35 milhões de brasileiros sobrevivendo na informalidade, milhões de pessoas cozinhando a lenha, e esse sujeito acha que pode ter a reeleição dele surrupiada numa fraude. Só pode ser piada. 

No futebol, resultado ruim é sinônimo de demissão do técnico. No governo Bolsonaro, pelo contrário. Quanto mais medíocre for o seu ministro, maiores as chances de continuar na pasta. Pode deixar queimar tudo que isso é bom para o currículo. Defende a cloroquina? Então vai ganhar uma promoção. No domingo tem os gols da rodada e a disputa dos cavalinhos no Fantástico. Se o Brasil Futebol Clube estivesse no campeonato, seria representado por um burro na lanterna, aquele que rebaixou o país da 6ª para a 12ª posição entre as nações mais desenvolvidas do mundo. 

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Jair Bolsonaro, como qualquer um que transite pela política brasileira, sabe muito bem que a fraude eleitoral não ocorre na totalização dos votos nas urnas eletrônicas, mas sim em todo período que antecede o calendário eleitoral, até o dia da votação. Que nome se dá a essa montanha de dinheiro do fundão, que só vai beneficiar os caciques das legendas? Como tipificar a ação do promotor que ingressa com pedido de impugnação contra determinado candidato, no meio da disputa eleitoral, com base em denúncia requentada e que não se sustenta em instância superior? 

Por tudo o que se viu de criminoso nas ações praticadas pela gang da Lavajato e seu juiz de estimação, qual a palavra que define a covardia que impediu Lula de disputar as eleições de 2018? O eleitor que vota no candidato do pastor, temendo arder no inferno é vítima de que tipo de coação? E o voto do terror imposto por traficantes e milicianos? Junte tudo isso ao clássico modelo de compra de votos, e pronto! Temos aí a fraude generalizada que Bolsonaro tanto teme (?). 

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Mas esse rol taxativo de fraudes eleitorais, que beneficia muitos dos apoiadores do governo, não entra na lista de preocupações do presidente. Até mesmo por que, sem muitos desses lastros matérias, o próprio Jair não teria sido eleito em 2018. Fake news, cartilha gay, mamadeira de piroca, entre outras orquestrações estúpidas espalhadas por empresas especializadas em viralizar calúnias, são fraudes que não deixam provas impressas.

Por ironia, talvez o debate sério sobre essa estrutura eleitoral fraudulenta, seja a única coisa boa deixada por este governo que já está rebaixado. O futuro presidente, democrata, estadista e competente, como deve ser, prestará um grande serviço ao país, se construir bases sociais que evitem a volta desses aventureiros, que alcançaram o poder em cima de um somatório de fraudes. 

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