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    Alex Solnik

    Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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    Bolsonaro preferia ser comparado a Hitler que a gay

    "Bolsonaro levou uma surra do plenário do TSE, que rejeitou sua tentativa de censurar uma charge, publicada na Coluna do Noblat, na qual Hitler e Mussolini afirmam que são 'Bolsonaro Sempre'", escreve o colunista Alex Solnik, recordando que o presidenciável do PSL disse não ter ficado ofendido com protesto o retratando como nazista: "ficaria bravo se tivesse brinquinho, batom na boca e eles usassem isso em uma passeata gay", disse Bolsonaro; "Terão coragem de votar no candidato de quem matou seus antepassados nas câmaras de gás?", questiona Solnik

    Bolsonaro preferia ser comparado a Hitler que a gay

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    Bolsonaro levou uma surra do plenário do TSE, que rejeitou sua tentativa de censurar uma charge, publicada na Coluna do Noblat, na qual Hitler e Mussolini afirmam que são "Bolsonaro Sempre".

    Ele já tinha perdido com a decisão monocrática do ministro Carlos Horbach, recorreu e perdeu de novo no plenário, ontem, por unanimidade. "O chargista e o jornalista que reproduz tal material em seu blog querem expressar crítica às posições do candidato nesses dois temas, o que se coloca no campo da liberdade de expressão e de opinião" concluiu o relator, o próprio Horbach, confirmando que não é ofensa nem calúnia. E, se não é calúnia, é verdade.

    Há sete anos, Bolsonaro não se preocupava quando o comparavam ao nazista. No dia de 6 de abril de 2011 ele falou ao portal G1 e posou segurando um cartaz em que aparecia com bigode de Hitler. O texto diz: "Retratado como nazista em um cartaz exibido por manifestantes durante protesto na Câmara, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse nesta quarta-feira (6) que não ficou ofendido. 'Ficaria bravo se tivesse brinquinho, batom na boca e eles usassem isso em uma passeata gay'". Ou seja, ele disse que preferia ser comparado a nazista que a gay.

    O que mais me causou repulsa na sua defesa foi a alegação de supostos danos à sua imagem devido ao "massivo apoio" que recebe da comunidade judaica brasileira. Não acredito nisso. De onde tirou esse dado? É mais uma de suas mentiras hediondas.

    Pode haver um ou outro judeu a seu lado, mas não a maioria e nem sequer muitos. Apenas alguns bilionários iludidos com a falsa promessa de que ele poderá manter em segurança suas fortunas. Sem atentarem para as ameaças que representa e que, se concretizadas, vão arruinar ainda mais o Brasil e, portanto, seus negócios. Estão cegos. A maioria dos judeus brasileiros jamais votaria em alguém que ofende minorias, como são os judeus, ameaça fuzilar petistas, elogia torturadores e quer transformar a juventude brasileira em juventude hitlerista.

    A decisão do TSE libera a comparação de Bolsonaro com Hitler e Mussolini para todos e talvez ajude a aclarar a mente e refrescar a memória desses judeus que ensaiam voto nele. Terão coragem de votar no candidato de quem matou seus antepassados nas câmaras de gás?

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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