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Cynara Menezes

Baiana de Ipiaú, formou-se em jornalismo pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e já percorreu as redações de vários veículos de imprensa, como Jornal da Bahia, Jornal de Brasília, Folha de S.Paulo, Estadão, revistas IstoÉ/Senhor, Veja, Vip, Carta Capital e Caros Amigos. Editora do site Socialista Morena. Autora dos livros Zen Socialismo, O Que É Ser Arquiteto e O Que É Ser Geógrafo

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Bolsonaro, um Sujismundo no Palácio do Planalto

O presidente lembra aqueles homens que coçam as partes pudendas e depois cumprimentam os outros sem lavar as mãos

O SUJISMUNDO DE RUY PEROTTI. (Foto: REPRODUÇÃO)
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Por Cynara Menezes, no Socialista Morena e para o Jornalistas pela Democracia - Jair Bolsonaro descumpriu a quarentena a que era obrigado por orientação médica, já que até agora 11 membros da sua comitiva aos EUA estão com coronavírus, e colocou em risco a integridade física dos brasileiros ao apertar a mão de dezenas de pessoas neste domingo diante do Palácio do Planalto. E não só dos que estavam lá, mas de centenas, talvez milhares de outros. Para usar um símbolo da ditadura militar que o “mito” de extrema direita tanto preza, parecia o Sujismundo e não o presidente da República.

O Sujismundo foi um personagem criado pelo desenhista Ruy Perotti em 1972 para a campanha “Povo desenvolvido é povo limpo”, que tinha como objetivo melhorar os hábitos de higiene dos brasileiros. Era um homenzinho sujo, que nunca lavava as mãos e jogava lixo no chão, um porcalhão que acabou se transformando em sinônimo de alguém que não preza pela higiene pessoal. Uma das características do Sujismundo, aliás, era duvidar da eficácia das vacinas.

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Neste domingo, o Sujismundo foi Bolsonaro. O presidente se comportou como o típico homem que vai ao banheiro e não usa a pia depois, princípio básico de higiene em qualquer tempo, não só quando há risco de contaminação coletiva. O comportamento de Bolsonaro demonstra que os chamados “cidadãos de bem”, como ele e seus seguidores, carecem do mínimo para serem bons cidadãos de fato: educação doméstica, que se recebe em casa.

Tudo em Bolsonaro e nos bolsominions aponta para gente que não seria motivo de orgulho algum para pais, mães ou avós. O presidente lembra aqueles homens machistas que coçam as partes pudendas em público e depois cumprimentam os outros sem lavar as mãos. Quem, em sã consciência, teria orgulho de um filho destes? De um marido destes? De um pai destes? E pensar que na Praça dos Três Poderes não havia nem sequer uma torneira com água e sabão para higienizar as mãos das pessoas que apertaram a mão do sujismundo-mor…

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Não culpo, porém, os progenitores de ninguém. Em qualquer casa podem surgir maus exemplos. No caso do Brasil, hoje, o mau exemplo vem de cima, do cargo mais alto da nação. Não há nada nas atitudes de Bolsonaro que sirva para inspirar pequenos brasileiros. Bolsonaro ataca os pais, as mulheres e os filhos de adversários políticos. Bolsonaro xinga e diz obscenidades para atingir quem não está de acordo com o que pensa. Bolsonaro fala putaria até em lives com os ministros. Quando o presidente fala, é melhor tirar as crianças da sala. É o presidente desaconselhável para menores de 18 anos.

Surgir neste domingo, com sua mão porca estendida em direção aos que o esperavam na rampa do Planalto, também eles descumpridores das orientações médicas contra o coronavírus, é só mais um indício do péssimo cidadão que Bolsonaro é. Ouvido sobre sua atitude insana, o presidente disse que a “responsabilidade” é dele se pegar coronavírus. A responsabilidade, não, a irresponsabilidade é dele. O problema é que por ela pagamos todos nós.

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