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Breno Altman

Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel

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Brasil e Alemanha: evoluções opostas

Felipão, Parreira, Tite, Muricy, Mano Menezes e outros da mesma laia são filhotes de Lazaroni. São os responsáveis pela perversão tática e técnica do futebol brasileiro

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Depois das derrotas de 1982 e 1986, o futebol brasileiro olhou para a Europa: colocou mais um volante, as vezes mais dois, copiou a ligação direta e os alas, desmontou a centralidade da armação no meio-campo (característica primordial do futebol técnico e de valores individuais), o jogador fundamental do time passou a ser o centroavante (quando historicamente era o meia-armador ou o ponta-de-lança, que chegavam no ataque pelo toque de bola ou o drible).

Graças a profissionais maravilhosos, essa guinada anglo-saxônica ainda conseguiu o título de 1994, nos pés de Romário (convocado no final das eliminatórias para evitar uma tragédia, porque até então não fazia parte dos planos do arrogante Parreira), e o de 2002, graças ao brilhantismo individual de Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo.

Com a escassez de craques - os únicos que assim podem ser considerados, na equipe atual, são Neymar e a dupla de zagueiros -, ficou desnudada nossa magreza tática e técnica. Somos, agora, muito parecidos com a Alemanha e a Itália de antigamente: força defensiva, chutões para o ataque, chuveirinho na área, bolas paradas, nada de toque de bola, meio-campo de destruição sem criação. Último reduto anticolonial de nossa cultura, o futebol acabou por se dobrar a um esquema que nada tem a ver com nossas aptidões e talentos.

A Alemanha fez curiosamente o caminho inverso. Prestem atenção: sem renunciar ao jogo forte e aplicado de sempre, a seleção germânica é bastante semelhante ao Brasil de 1982: o centro do jogo está em um meio-campo armador, que avança a base do toque de bola, não existe mais chutão (nem quando a bola está perigosamente na área defensiva), o time se compacta com a defesa avançando até o meio-campo e a marcação sendo feita a partir da metade do campo inimigo (o goleiro funciona muitas vezes como libero atrás da zaga!), a evolução da equipe se faz do meio para as pontas e de volta para o meio, sem chuveirinho tolo e sem rumo.

Para resumo da opera e usando termos carimbados: o Brasil virou um futebol-força fracassado, a Alemanha reapareceu com um futebol-arte de grande força. Fracassamos aos nos "germanizarmos", eles ficaram fenomenais ao se "abrasileirarem".

Felipão, Parreira, Tite, Muricy, Mano Menezes e outros da mesma laia são filhotes de Lazaroni. São os responsáveis pela perversão tática e técnica do futebol brasileiro, corolário de uma estrutura decomposta, desorganizada e corrupta. Essa turma tem que ir para a lata do lixo.

Precisamos de um tratamento de choque fora de campo, mas também dentro das quatro linhas. A CBF tem que humilhar nossos treinadores, para que eles percam sua arrogância e voltem a estudar. A hora é de chamar um técnico estrangeiro, como Guardiola, que devolva a seleção ao futebol brasileiro."

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