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Igor Santos

Cearense, morador do ABC paulista, historiador e editor da página Rede Uirapuru de Informação

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Brasil, um país que caiu no gemidão do Zap

O Brasil chega às quase 20 mil mortes por covid19 e o que incomoda Bolsonaro é a Secretaria da Cultura não perseguir de maneira eficiente artistas

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Existe uma coisa chamada capilaridade (não estou falando da minha densa cabeleira negra e cacheada). Capilaridade é o que por exemplo existe no PSDB, PT, PDT e PCdoB. 

Se um governo do PT precisa de um ministro ou secretário de educação por exemplo, existe entre os Petistas alguns nomes, às vezes até por estado, município ou região. O mesmo se pode falar do PSDB, PCdoB, PSB e PDT: capilaridade. Mas o que é capilaridade? 

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Basicamente significa possuir lastro na sociedade e dentro das instituições como por exemplo entidades de classe, universidades e outros setores e frações da sociedade. Podem escolher entre os seus com farto ou minguado leque de nomes e posições: ministros, secretários, adjuntos e corpo de funcionários auxiliares para pastas estratégicas. 

Mas isso não se conquista da noite para o dia, é um processo que demanda história, fundações e pensamentos que constituem projetos de médio e longo prazo, programa político, sabe? Daqueles que você pode não concordar, mas sabe que existe.

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O PSOL é um outro exemplo de capilaridade, mesmo recente e pequeno, já possui extensos quadros tanto em comunidades como era o caso de Marielle, movimentos sociais como é o caso de Boulos e o MTST.

Bolsonaro não tem isso, não tem sequer oratória, e olha que muitos políticos meia-boca ganharam o almoço e a janta com a tal da oratória. O bolsonarismo não tem partido, raso e violento, sem nenhuma proposição para a sociedade, apenas a mentira ou violência -  no máximo se presta a fiscalizar a sexualidade alheia, mas isso qualquer tia ou tio pode fazer sem prejuízos à economia e bem-estar nacional. 

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E esse é o perigo da novidade, do "contra tudo que aí está". O perigo de não haver um partido, não haver um programa e por isso não constar figuras além da figura do "Salvador da Pátria". 

A saída de ministros protagonizada nos últimos dias com a dança das cadeiras no ministério da saúde em plena pandemia, a saída de Regina Duarte da Secretaria da Cultura, Sérgio Moro do Ministério da Justiça , para encurtar a história: até mesmo o PSL (partido pelo qual Bolsonaro concorreu a presidência e se retirou de seu governo) não é bolsonarista.

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Outros ministros sairão ainda, creio que inclusive o próprio Paulo Guedes também em algum momento, não há ponto de convergência entre Bolsonaro e os seus ministros, assim como ocorreu com Collor. Não há uma ponte entre Bolsonaro e a sociedade, o bolsonarismo é por fim apenas a irracionalidade como pauta política, a bandeira de revanche do homem medíocre contra a realidade. 

O Brasil chega às quase 20 mil mortes por covid19 e o que incomoda Bolsonaro é a Secretaria da Cultura não perseguir de maneira eficiente artistas, mas ao que tudo indica o problema será resolvido com um "ator" do elenco da novela teen Malhação. Questão de prioridades, não é mesmo? 

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Mas retomando o tema inicial, me digam algum intelectual, cientista ou artista de renome ligado ao bolsonarismo? Tudo o que vemos é a fúnebre marcha da mediocridade. Ao contrário disso podemos enumerar intelectuais, cientistas e artistas ligados aos partidos citados. 

Democracia e partidos, nos dizem sobre pensar sociedade, quer seja a médio ou longo prazo, isso não é tarefa fácil. Exige programa, debate e seriedade. Respostas objetivas exigem mentes pensantes e plurais, não precisamos de adultos infantilizado ou militares histéricos e ególatras. Corrente de Whatsapp não é plataforma política nacional, tá ok?

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