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Jose Carlos de Assis

Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

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Breve roteiro de uma crise alimentada pela intriga

quecendo-se do destino de Torquemada, Moro tornou-se o patrono moral da sociedade brasileira, liquidando ou enfraquecendo em suas investidas a nata da Engenharia Nacional, que aparentemente quer ver substituída por empresas estrangeiras "honestas". Nesse turbilhão condenatório, perderam-se milhares de emprego por simples vinculação com as empresas indiciadas

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Não há nenhuma razão objetiva para que a Presidenta Dilma sofra processo de impeachment. Não há nenhuma razão objetiva para que o ex-Presidente Lula seja indiciado ou processado por irregularidades, pois não existiram. A razão aparente para que os dois tenham sido julgados e condenados pela Grande Imprensa foi a recusa do PSDB e de seus cúmplices, vocalizados por essa figura patética de Aécio Neves, de aceitar o resultado das eleições de 2014. Por trás da razão aparente, porém, há outras razões de fundo.

A primeira delas é o estado falimentar da Grande Mídia que espera do governo benesses ainda maiores do que aquelas que já tem. Na expectativa de fazer um governo que lhe abra ainda mais seus bolsos, os grandes jornais e televisões cavalgaram na crise da Petrobrás e da cadeia produtiva do petróleo para desmoralizar a administração e o sistema partidário criando clima propício para o golpe paraguaio que afinal se anuncia. A ligação do escândalo com Dilma ou Lula é produto exclusivo de maledicência.

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Outra razão é o comportamento midiático de Sérgio Moro, que chamou a si a responsabilidade de acabar com a corrupção no Brasil. Esquecendo-se do destino de Torquemada, Moro tornou-se o patrono moral da sociedade brasileira, liquidando ou enfraquecendo em suas investidas a nata da Engenharia Nacional, que aparentemente quer ver substituída por empresas estrangeiras "honestas". Nesse turbilhão condenatório, perderam-se milhares de emprego por simples vinculação com as empresas indiciadas.

Parte da culpa com a deterioração do quadro social provocado pela Laja Jato se deve ao ajuste fiscal imposto por Joaquim Levy logo no início do segundo mandato, no maior erro estratégico do governo Dilma. Isso não tem nada a ver com impeachment, mas as vítimas sociais do arrocho não tem nenhuma obrigação de distinguir um governo corrupto de um governo incompetente. Com isso, a crise social tornou-se o principal ingrediente na justificação das demandas sociais por impeachment, potencializada pela fúria golpista da Grande Mídia.

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Em torno de Lula, a grande esperança de Dilma para salvar seu governo, gravitam dois grupos ideológicos. Os que querem uma solução pela direita, representada por Henrique Meirelles no BC, e os que querem uma solução de caráter progressista. A solução Meirelles seria tão eficaz quanto foi a de Joaquim Levy, além de desestruturar a já fragmentada base de apoio do governo. A solução progressista, se aplicada logo e se conseguir credibilidade junto à sociedade, pode representar uma ponte para o futuro. Alea jacta est!

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