Brevidades
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FERIADO
- Tudo no porta-malas?
- Não falta nada.
- Vamos nessa.
- Ai!
- ...
- Quem vai levar o biso pra caminhar?
- Liga pra aquela passeadora de cachorros. Tem o número aí?
HORA DO ALMOÇO
Viajar por um daqueles igarapés amazônicos fazia perder a noção de tempo. No entanto, agora estava ganhando era uma monumental fome. Enorme como a largura do rio. Perdeu o acanhamento e comentou com o homem que pilotava a canoa sobre o buraco no estômago. Mais para dar vazão à angústia. Não haveria mesmo um restaurante ali onde parassem para o repasto. Virou-se para a popa e ficou mirando o sol dourando as águas. Veio o tiro. Na sequência, o pato caiu à direita da embarcação.
MADALENA ARREPENDIDA
Comprometimento com as tarefas domésticas. Era só o que pedia. Ele precisava parar de olhar só para livros, cadernos, canetas e botar a mão na massa. Varrer, lavar, secar, cozinhar. Por amor foi lá e fez. Mas não bastou. Era preciso verificar os detalhes. Adianta passar uma camisa deixando a gola esgrouvinhada?
Por amor se vai ao macro e ao micro. Foi lá e entrou nos mais recônditos pormenores.
Não bastou. Era necessário fazer as tarefas domésticas sorrindo, não com cara de Madalena arrependida. Foi lá e escapuliu de casa.
O SAGUI FABULISTA
Um sagui resolveu escrever uma fábula sobre o ambiente injusto da floresta. Abriu o texto colocando o leão como um ser arrogante que, por se achar o rei dos animais, abusava da autoridade.
Na segunda parte da narrativa criticava com ironia a sua própria categoria. Dizia que os saguis não assumiam uma posição digna na mata, viviam lambendo as botas de animais maiores em troca de proteção para poder continuar comendo suas bananas à sombra.
Por fim, o sagui fabulista acabou com a raça dos urubus. “Bichos preguiçosos, que só ficam à espreita do lixo alheio, já que não possuem QI nem para caçar”.
Uma tarde, numa clareira, foi apanhado por um bando de saguis, que o jogaram aos leões. Algumas horas depois, seus despojos foram deglutidos pelos urubus.
Moral: sagui não tem moral pra pagar de Esopo.
RIP
- Mulher!
- O que foi?
- Eu nem lhe conto.
- Pois conte!
- Agorinha teu pai não morreu!
- Como é?
- Teu pai, mulher, não fez foi morrer?
- Pois foi?
- Foi.
- Mas morreu, morreu?
- Morreu, morreu.
- Ele está...
- Morto, morto, morto.
- Mortinho?
- Mortinho.
- Meu Jesus, pois então morreu.
ZELO
- Mãe, vou andar de bike na pracinha.
- Vai, filho, mas não esquece teu fuzil.
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