Câmara volta a impor derrotas ao governo Bolsonaro
O que significa todas essas derrotas? Sem dúvida, são respostas da política aos insistem em negá-la, além da incapacidade de articulação política do governo e aos ataques bolsonaristas liderados pelos líderes do PSL contra os partidos do "Centrão"
A tal "tsunami" que Bolsonaro tanto falou atingiu o governo ontem (14), mais precisamente na Câmara dos deputados, com três derrotas importantes.
Primeiro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado por incontestáveis 307 votos a 72 a depor no plenário da Casa sobre os cortes de recursos no Ensino Superior e no Ensino Básico justamente no dia marcado para a mobilização nacional em defesa da educação. Ou seja, clima tenso nas ruas e no parlamento. Mistura temida por qualquer governo.
Segundo, não houve acordo para votar nenhuma Medida Provisória (MP) nesta semana. Com isso, 11 MPs podem perder a validade. Duas delas já são consideradas perdidas, como a que prevê a abertura do setor aéreo e a MP 870, que trata da reestruturação administrativa do governo.
Por fim, em terceiro, os líderes do DEM e do PP recusaram convite, que estava inclusive na agenda oficial da Presidência, para um encontro com Bolsonaro.
O que significa todas essas derrotas? Sem dúvida, são respostas da política aos insistem em negá-la, além da incapacidade de articulação política do governo e aos ataques bolsonaristas liderados pelos líderes do PSL contra os partidos do "Centrão".
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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