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Paulo Moreira Leite

Colunista e comentarista na TV 247

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Campos Neto opta pelo confronto. E agora?

Numa nota que reune toscas tentativas de justificar uma decisão absurda, o célebre Copom mais uma vez ameaça o país com medidas duras

Roberto Campos Neto (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Numa decisão que confirma a disposição de submeter a maioria dos brasileiros a novos sacrifícios, a diretoria do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros no patamar pornografico de 13,75%. Mas isso não é só.

Numa nota que reune toscas tentativas de justificar uma decisão absurda, o Comitê de Política Monetãria Monetára do BC, o célebre Copom que tantos pesadelos já produziu na memória de cidadãos e estudiosos preocupados com o bem-estar dos braasileiros e brasileiras, mais uma vez ameaça o país com medidas duras, na próxima reunião, em maio.

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O argumento é que teria ocorrido uma "deterioração adicional" das expectativas inflacionárias, o que é uma afirmação temerária diante da conjuntura internacional e nacional, com a quebra de gigantes financeiros nos Estados Unidos e na Suiça, movimentos que tradicionamento ameaçam o crescimento e o emprego, exigindo medidas de estimulo a expansão por parte das autoridades -- como ensina o beabá da propria economia de mercado.

O problema não é apenas este, porém. Como se não houvesse nada de novo na paisagem política do país apos a chegada de Luiz Incio Lula da Silva no Planalto, para cumprir um terceiro mandato inédito na história da República, o Copom preferiu reforçar o tom desfacado da política econômica que herdou de Paulo Guedes-Bolsonaro, sem demonstrar a menor consideração pela vontade que o eleitorado deixou claro nas urnas da eleição presidencial.

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Num país onde a taxa de juros sofreu nada menos que 12 elevações contínuas entre março de 2021 e agosto de 2022 (Folha de S. Paulo, 23/3/2023), a nota também inclui uma ameaça. Diz que "os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados", o que levaria a uma retomada do " ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado".

Ao exibir uma arrogância fora do tempo e lugar, o Banco Central afia os instrumentos de guerra para cumprir a missão real que lhe foi dada pelos patrões dos mercados -- combater a política econômica do governo Lula para tentar inviabilizar toda resistência a uma política de entrega das riquezas do país aos inimigos do bem-estar do povo.

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