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Jeferson Miola

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Caos e ataques do Bolsonaro às instituições fazem parte do script dos militares

Segundo o jornalista Jeferson Miola, as chances eleitorais de Bolsonaro em 2022 são “improváveis” e, por isso, “enquanto os militares não conseguem encontrar uma alternativa eleitoral viável para a continuidade do projeto de poder, Bolsonaro age como um kamikaze programado para debilitar as instituições e explodir o processo”

Bolsonaro e militares (Foto: Bolsonaro e militares)
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Jeferson Miola                                                                    

Bolsonaro tem consciência que suas chances eleitorais em 2022 são improváveis.

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Caso até a eleição não esteja inelegível e preso, como corresponderia a este criminoso em série que se safa do impeachment e da prisão graças à proteção cúmplice do procurador-geral e do presidente da Câmara, se participar do pleito é grande a probabilidade de ser derrotado por Lula já no 1º turno.

Por isso, enquanto os militares não conseguem encontrar uma alternativa eleitoral viável para a continuidade do projeto de poder, Bolsonaro age como um kamikaze programado para debilitar as instituições e explodir o processo.

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Ele faz isso cultivando um clima constante de caos, tumulto e confusão e atacando frontalmente as instituições.

Bolsonaro tem muito a perder com a perda do cargo presidencial que usa de modo autocrático e antirrepublicano para blindar a si e a seu clã miliciano. Fora da presidência, ele ficará sujeito a condenações nos tribunais nacionais e, também, à incriminação no Tribunal Penal e cortes internacionais de direitos humanos.

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Ele não está de fato interessado com a lisura da eleição, mas sim em enlamear e deslegitimar o processo eleitoral para concretizar a versão tupiniquim do “Capitólio de Brasília”. Não tem saída; para Bolsonaro e comandantes militares tudo é fraude e causa para deslegitimar a eleição: se sofrer impeachment legítimo, se ficar inelegível, se for processado pelo STF, ou se perder a eleição.

Num cenário de conflito insano, que poderá inclusive desembocar na violência armada de milícias bolsonaristas contra opositores e o povo em geral, o Exército será então convocado para executar uma operação “especial” de Garantia da Lei e da Ordem [GLO].

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Não será uma GLO típica de segurança pública, mas uma “GLO política” para emparedar o poder civil e promover a ruptura institucional.

O “dissidente” general Paulo Chagas enuncia este roteiro no twitter: “Qdo o STF, q deveria dar o supremo exemplo, deixa de fazê-lo e ultrapassa seus limites, todos sentem-se livres p/fazer a msm coisa! Os efeitos negativos dessa anarquia só serão neutralizados pela iniciativa e pela moderação de uma FORÇA garantidora da lei e da ordem! ISSO Ñ É BOM!” [grafia original, grifos meus].

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Os dirigentes militares não estão menos encrencados que Bolsonaro. A responsabilidade deles na corrupção sistêmica, na devastação da soberania e no desmanche do país; na destruição ambiental e no morticínio de quase 600 mil brasileiros/as são causas justas para julgamentos e condenações em tribunais nacionais e internacionais.

Com o eventual fim do governo militar, os militares não perderão somente os milhares de cargos civis, os salários duplex e extra-teto, as regalias e o poder, mas deverão perder também a condição de impunidade que gozam até hoje.

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O ambiente de caos, descontrole e instabilidade institucional é uma construção metódica que o partido dos generais toma como pretexto para “legitimar” a tutela do poder político e das instituições civis pelas Forças Armadas, em especial pelo Exército.

A ação nefasta de Bolsonaro para o agravamento deste clima caótico e de incertezas é parte do script concebido pelo próprio governo militar.

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