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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Capitalismo eleitoral religioso especulativo na terra do Tio Sam

É assim que funciona a economia especulativa americana, na base da financeirização econômica sem limites

Donald Trump (Foto: Reuters/Jonathan Drake)
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Imagine se uma picaretagem dessa fosse lançada no Brasil durante a campanha eleitoral presidencial!

Trump cría empresa de rede social (TMTG), para controlar plataforma digital (TRUTH SOCIAL), lança ela na bolsa de Nova York (Nasdaq), na terça-feira, 26/3, alcança valorização de 16% em um dia, registra capital volátil de 8,71 bilhões de dólares, dos quais ele, como acionista majoritário, possui 4 bilhões de dólares, para formar fundo financeiro capaz de custear sua campanha à Casa Branca pelo Partido Republicano.

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O primeiro produto que lança na Bolsa é a Bíblia americana, que considera os Estados Unidos detentores do direito divino manifesto para controlar o mundo.

É ou não lição para os bolsonaristas ultradireitistas fascistas?

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Certamente, os 4 bilhões de dólares restantes, componentes do capital majoritário de Trump, são de propriedade de bilionários que desde já estão de olho na participação de eventual Governo Trump, republicano, se vencer Joe Biden, do Partido Democrata.

Se tudo der certo, conforme cálculos de Trump, vai ser aquela festa!

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Os futuros previsíveis novos donos do poder, que devem ser os mesmos que com ele dividiram os bônus quando esteve na Casa Branca (2016-2019), formarão a base do poder imperial americano no período 2025-2029.

O candidato republicano está superendividado, por estar enfrentando demandas judiciais milionárias, que estão sugando suas reservas financeiras, que espera recompor, com ajuda dos amigos bilionários.

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Trump, portanto, está levantando grana alta no beiço, para continuar sua empreitada.

Agora, se der errado, se a vaca for para o brejo, pode acontecer de Trump ir até para a cadeia, por estar cercado de ameaças por todos os lados, apostando na radicalização política ideológica nos Estados Unidos, atolados numa dívida pública superior a 30 trilhões de dólares, que sustenta o essencial, a corrida armamentista imperial que banca capitalismo americano desde pós segunda guerra mundial.

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É assim que funciona a economia especulativa americana, na base da financeirização econômica sem limites, de modo a levantar dinheiro que implica em jogar economia mundial na incerteza total.

Certamente, o processo eleitoral americano, bancado pela financeirização dolarizada do mundo, na expectativa de relançar a economia, se faz mediante expansão de bolhas, cujo manejamento será tarefa futura do Banco Central americano (FED), o que sinaliza tempos de incerteza.

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Futuro incerto - O FED, com certeza, diante da expansão monetária decorrente da campanha eleitoral, como acontece a cada quatro anos de renovação ou continuidade do poder na Casa Branca, manejará, no período pós-eleitoral, a oferta e a demanda de moeda na circulação americana e global, mediante aumento da taxa de juro, em nome do controle da inflação especulativa.

Isso contribuiria para fortalecimento ou enfraquecimento do dólar, que já enfrenta o perigo da expansão multilateral dos BRICS, comandado pela China e Rússia, predispostas à expansão comercial mediante trocas de moedas entre países para fragilizar a moeda americana?

Os reflexos desse movimento têm repercussões gerais, expressas em desequilíbrios monetários e fiscais nas economias capitalistas periféricas, candidatas, sempre, a sofrer abalos na condução da política macroeconômica comandada por Bancos Centrais obedientes a Washington.

Nesse contexto, seja quem for o eleito nos Estados Unidos, Biden ou Trump, o BC americano, depois das eleições, projetando funcionamento dos mercados acionários, a partir de 2025, mexerá na taxa de juro, com efeitos corretivos - quiçá desastrosos - nas políticas monetárias e fiscais nas economias da periferia capitalista, como a brasileira e latino-americana.

O fato concreto, já perceptível e indiscutível, é que o capitalismo americano em tempo eleitoral abre-se à crise intempestiva, gerando corrupção em escala planetária, evidenciando que o processo democrático na terra de Tio Sam é, como sempre, totalmente, mercantilizado, com repercussões globais.

Democracia abastardada - Afinal, o custo das eleições americanas, que lançam os candidatos às manobras especulativas, como a que nesse momento Trump realiza com sucesso, para obter recursos para comprar votos, a fim de chegar, mais uma vez, à Casa Branca, é o retrato pronto e acabado da democracia do dinheiro que a manipula para o bem e para o mal.

O modelo político ocidental, que tem nos Estados Unidos o exemplo maior de representação política pregada ao mundo pelo cinismo de Tio Sam, perdeu, completamente, a moral para falar de exemplo democrático edificante.

Especialmente, essa credibilidade vai indo por água abaixo quando os Estados Unidos se aliam a Israel - confrontando o mundo - para promover o genocídio do povo palestino, na Faixa de Gaza, cujo preço é o de sustentar a ditadura militar israelense explícita.

Nem Trump, nem Biden, dada a subserviência do capitalismo americano ao poder financeiro especulativo judeu, que comanda Wall Street, que, nesse momento, cria alternativas de capitalização para Trump fazer picaretagens eleitorais por meio de redes sociais, terá coragem de puxar orelha de Israel, sob pena de sofrer abalos especulativos irresistíveis.

Ou pode-se esperar algo diferente?

Os fatos, aparentemente, demonstram que a sucessão presidencial nos Estados Unidos, bombada pela especulação financeira, é o processo mais acabado e sofisticado da corrupção, que faz escola na direita mundial, eternizando a tirania financeira especulativa sem freio.

Tudo em nome de Deus, porque Trump, com seu fundo financeiro especulativo, bombeando redes sociais, resolveu vender por 60 dólares exemplares da Bíblia, junto com Constituição americana, como forma de enganar eleitores e eleitoras fanatizados.

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