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Nívea Carpes

Doutora em Ciência Política e mestre em Antropologia Social

27 artigos

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Capitalismo em desespero, “inovando” com a neocolonização e o fator Lula

Diante de toda a destruição, onde a oposição não tem uma estratégia para o que enfrenta, o povo está anestesiado e as instituições foram destruídas, a resposta para quem poderá desequilibrar esse jogo, Lula! Isso explica o medo que os manipuladores do capital sentem dele, porque movem o mundo para mantê-lo longe da seara política

(Foto: Reprodução)
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Raghuran Rajan, ex-economista-chefe do FMI – Fundo Monetária Internacional, que não se confunde com uma visão de esquerda, tem afirmado que o capitalismo tende a uma nova crise por estar abandonando uma parcela da sociedade. O capitalismo não conseguiu atender as necessidades das massas e historicamente isso tende ao colapso e revoltas.

Tudo leva a crer que este raciocínio esteja certo! Por isso, não é possível ter lucidez e não estar impressionados com a tolerância resignada do brasileiro em termos de perdas. Perdemos tanto que perdemos até a vergonha de sermos o que somos e não sabíamos. A razão que tem predominado é a daqueles que só não toleravam a tolerância com inclusão.

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É possível que melhorar as condições materiais de vida, durante os 13 anos de PT, tenha feito sobressair nos intransigentes o seu pior, uma vez que já não lutavam pela sobrevivência e agora, com a fome saciada, queriam fazer sobrepor seus valores hipocritamente conservadores. Hipocrisia, porque não raras vezes esses mesmos que pregam uma visão puritana para algumas questões, são totalmente abertos a arbitrariedades e ilegalidades que chegam à crueldade.

É nesse contexto que somos a presa certa, não podemos deixar de concordar que o capitalismo desesperado dos últimos anos sabe identificar quando vê uma oportunidade. 

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O brasileiro mediano, das piadas racistas, do desprezo à mulher, despreocupado com as populações e a natureza “plus” Bolsonaro, formam uma oportunidade imperdível para o capital que se vê em um mau momento. Não porque seja uma fatalidade a sua catástrofe, mas o rentismo tem conduzido a lógica do capital ao imediatismo, a uma temporalidade que diverge da existência humana.

O capitalismo está em sua era virtual e a acumulação não está dialogando com a produção de bens reais. Ele tenta resistir de todas as formas nessas condições e perde o contato com a vida material, o que também explica o total abandono de alguns extratos sociais que estavam associados aos setores produtivos. O próprio capitalismo que nutria-se da renovação contínua e de expansão, numa incessante luta que garantia a sua sobrevivência, quer viver apenas de bancos e ações. 

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No caso brasileiro, encontrou o homem certo para o projeto errado, a neocolonização. Bolsonaro é o homem certo para entregar os bancos públicos, diminuir o valor de empresas públicas com forte representação no mercado de ações e vendê-las, transformar cada trabalhador em empreendedor de si mesmo, reduzir o Estado a nada e entregar a chave ao governo norte-americano – o papai do capitalismo.

Afogado no limite criativo do financismo do mercado de capitais, levados ao extremo, um novo hospedeiro com potenciais inóspitos precisa aparecer. Aos moldes do debate feito por Rosa Luxemburgo sobre o capitalismo e suas crises. Agora, um retorno ao passado é visto como solução. Voltemos às colônias, reduzindo-as ao extrativismo de toda monta. Desindustrializemos!

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Nessa parte do projeto é que entra essa figura de poucos contornos, Bolsonaro. Bolsonaro é peça certa para um projeto com essa violência! Joga um vale tudo que é parte do jogo do grande capital. Acabar com o politicamente correto e testar diariamente a tolerância da população é o que permite estar entregando toda a riqueza nacional, como banana na quitanda. Implodir as instituições e a sua burocracia por dentro é o jeito! Por incrível que pareça, é com a artimanha do moralismo que um ser imoral, abjeto e desumano consegue convencer a muitos em sua resignação. Perdemos tudo, mas o ânus está preservado!

Não há experiência no mundo, de sucesso para o colonizado, no experimento que está em curso para o Brasil. Mas também não havia experiência que demonstrasse que o melhor era destruir a malha ferroviária nacional e há tanto estamos sem ela, consumindo produtos e pagando o preço que a falta dela nos impõe.

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Sobre a esquerda? Fazer oposição na esquizofrenia diária desse governo que assume seus crimes em praça pública e que cria as mais abjetas pautas diariamente é um projeto que desafia sobre-humano. 

São tantos os fatos e ilegalidades e falta de decoro e inoperância e desmonte… que é impossível manter um foco e preparar uma contraofensiva. A cada fato novo os esforços ficam pulverizados e já é preciso correr para um novo fogo.

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Impossível para uma esquerda convencional!

Não para Lula!

É que a política tem sim uma grande dose de emoção, de sentimentos… é nesse veio que Lula consegue se colocar e despertar esperança, amorosidade, empatia, confiança, acolhida, pacificação. Quando Lula fala, todos querem ouvir, parece que tudo vai mudar!

E Lula cresceu demais na cadeia, afirma estar mais à esquerda, fará um confronto direto ao neoliberalismo, é a concretização da crise que leva ao crescimento. O capitalismo produziu uma liderança ainda mais consistente ao usar seus esgotos para contorcer a história.

Lula ensina o capitalismo, um ser humano com grandeza espiritual faz toda diferença, cada um, onde quer que esteja! Lula não deixa de nos ensinar, nem mesmo na cadeia, quando usou sua crise como oportunidade de evolução, espiritual e intelectual.

Diante de toda a destruição, onde a oposição não tem uma estratégia para o que enfrenta, o povo está anestesiado e as instituições foram destruídas, a resposta para quem poderá desequilibrar esse jogo, Lula! Isso explica o medo que os manipuladores do capital sentem dele, porque movem o mundo para mantê-lo longe da seara política. 

Os demônios trabalham bem, mas nunca foram páreo para a união, os propósitos coletivos e a fraternidade que inspira os grandes líderes. 

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