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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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Carne folheada a ouro e consciência banhada a lata

A população de um país onde 33 milhões de pessoas passam fome não pode se identificar com esses candidatos que ignoram o seu sofrimento e ostentam luxo

(Foto: Luiza Castro/Sul 21 | ABr)
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Muito se critica a alienação social de boa parte dos jogadores de futebol brasileiros. Em que pese, a grande maioria deles ser oriunda das camadas periféricas e mais pobres da população, tal origem e conhecimento da dura realidade econômica que submete maior parte do cidadãos desse país, não são suficientes para que esses atletas, hoje milionários (Graças ao seu trabalho e ao seu talento), tenham mais empatia por aqueles que ainda habitam à periferia e continuam submetidos a essa triste realidade.

A população de um país onde 33 milhões de pessoas passam fome e outras milhões se encontram em condição de insuficiência alimentar, muitas delas "alçadas" a esta condição em função de 4 anos de um governo nefasto, fascista e aporofóbico, que conta com o apoio da maioria desses jogadores, não pode mesmo se identificar com esses candidatos a representantes da nação, que ignoram o seu sofrimento e ostentam luxo e riqueza apenas para serem vistos como superiores aos demais. Logo esses "demais" que mais amam futebol e gostariam de poder se identificar com os seus ídolos desse esporte. Ou alguém acredita que se deixar filmar comendo carne folheada a ouro é apenas um prazer gastronômico?

Distribuir cestas básicas ou doar os restos que lhes sobram do banquete, não encobre a falta de consciência de classe e de sensibilidade humana desses atletas. Talvez, pudessem ser considerados heróis, como alguns acreditam ser e reinvidicam esse reconhecimento por parte da população brasileira, se lutassem por igualdade e justiça social no país onde nasceram, cresceram e sofreram um dia com essa mesma desigualdade e injustiça. Porém, a sensação de pertencimento a uma casta superior da humanidade, se sobrepõe ao desejo de combater tais desigualdades e de ajudar a promover, com a representatividade e a visibilidade social que adquiriram, uma sociedade menos exclusivista.

Por ironia, todos eles gostam de samba, mas a maioria é ruim da cabeça, embora tenha saúde nos pés. Sendo que alguns, até mesmo com os pés, costumam sair fora do ritmo do futebol e da sociedade.

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