‘Centrão’, a ‘viúva negra’ da política nacional

Assim é o centro! Ainda que a desgraça das decisões divide a sociedade, há dignidade até no ódio, no amor, na paz, na guerra, mas nunca no meio



Por Artur Figueiredo

Existe a possibilidade de uma relação ideológica entre o cafetão e o cristão? Aparentemente, não. Mais os famosos partidos de centro usam do discurso como ferramenta “marqueteira” para falar que prefere não levantar bandeira nenhuma ou todas ao mesmo tempo.

O lobby do poder visa agregar relações com todos grupos, vertentes, mesmo não pertencendo a nenhum. São os mesmos que na hora de uma crise fazem do congresso nacional um prostíbulo, tudo para receber privilégios e benefícios. 

Os mesmos que levantam a bandeira progressista, mas vende o país para o mercado financeiro e pior, aprovam medidas ultra liberais para rechaçar os reais interesses em prol da uma elite. 

Exemplos de montão: nada mais limpo e até inspirador, uma jovem pobre que consegue uma bolsa em Harvard.
Sob o discurso popular da jovem vindo da periferia, que fala em prol da educação, mas sob a linda e a poética narrativa, o obscurantismo populista, assinatura da reforma da previdência na surdina. A mesma que gritou em prol da massa é que apunhala o próprio povo quando concorda com a máquina aniquiladora de pobres e miseráveis desse país. 

Tábata Amaral é uma dentre várias outras que se elegeu através do povo e usa das pautas populares para angariar votos, mas quando se cobra uma postura diante a classe dominante, não apenas se sucumbe, mas compadece e se torna cúmplice do desmanche social. 

A deputada federal do PDT (Partido Democrático Trabalhista) com maior número de votos no estado de SP é mais um exemplo que o populismo pode ser uma arma contra o próprio povo. Se a fala mansa evidencia a carência de uma nação, a sensibilidade que amacia o ego, esconde se interesses que putrefam os sonhos, as perspectivas de cada brasileiro.  

Assim é o centro! Ainda que a desgraça das decisões divide a sociedade, há dignidade até no ódio, no amor, na paz, na guerra, mas nunca no meio. Por sinal, ficar em cima do 'muro' é uma estratégia política, mas é acima de tudo, um meio de corrupção, deflagrar a 'viúva negra' que existe nas entranhas da política nacional.

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