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Luciane Pires

Publicitária (ESPM), colunista cultural do portal Ativar Sentidos, ativista pelo direito dos animais, formadora de opinião pelo Instagram @luhpires_

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Cerca de 800 jumentos são resgatados por ativistas e precisam de feno para sobreviverem

Em 2018, na cidade baiana de Canudos, a 372 km de Salvador, cerca de 200 jumentos foram encontrados em condições de extremos maus-tratos. Os animais seriam abatidos e depois exportados para a China; muitos já tinham morrido de fome em uma fazenda do município. Outros 800 animais caminhavam para o mesmo fim

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Em 2018, na cidade baiana de Canudos, a 372 km de Salvador, cerca de 200 jumentos foram encontrados em condições de extremos maus-tratos. Os animais seriam abatidos e depois exportados para a China; muitos já tinham morrido de fome em uma fazenda do município. Outros 800 animais caminhavam para o mesmo fim.

A polícia descobriu que a fazenda onde houve as mortes tinha sido arrendada por chineses. Os animais seriam levados para um frigorífico para serem abatidos. Foi aberto inquérito para apurar o caso. "Descobrimos que a fazenda estava arrendada por dois chineses. Eles reuniram os animais para depois abatê-los para a exportação. Nós os denunciamos por maus-tratos", diz o delegado.

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Após intervenção da polícia e de ONGs de defesa animal, os animais foram acolhidos e levados para novas terras arrendadas, e a empresa Cuifeng Lin, foi multada em R$ 40 mil pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) após as mortes.

Mortes e maus-tratos

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Estima-se que 200 dos cerca de 1.000 animais que estavam na fazenda morreram de inanição. Os outros estavam bastante debilitados. "Não havia condições mínimas de sobrevivência", conta a promotora Cristina Seixas Graça, coordenadora do centro de apoio às Promotorias de Meio Ambiente da Bahia. A advogada Gislane Brandão, coordenadora da Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, descreve o cenário encontrado na fazenda em Canudos: "Havia muitos jumentos mortos, muitas carcaças. Os outros estavam desnutridos, pois ficaram meses sem comer nada. Era cruel", revela.

Em janeiro deste ano, a ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa de Animal assinou um acordo com a Justiça e o Ministério Público para receber e cuidar dos jumentos que sobreviveram em Canudos; posteriormente, eles serão colocados para adoção.

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No sertão da Bahia, há até matadouros especializados em abater esses animais para exportar sua carne e pele para a China, embora no Brasil não haja consumo deste animal, o que é uma absoluta discrepância.

A Frente Nacional de Defesa dos Jumentos conseguiu na Justiça a tutela de 800 jumentos que seriam mortos para consumo de sua carne na China.

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Eles estão agora no município de Canudos, no sertão baiano. Como é possível imaginar, existe um alto custo mensal para manter esses animais, por isso, foi aberto um financiamento coletivo no site Catarse para quem quiser ajudar.

Os animais estão passando por exames pois muitos deles estavam doentes, também passam por tratamento veterinário e quando estiverem totalmente recuperados, serão disponibilizados para adoção. Os Jumentos têm uma particularidade, eles não podem ter muito estresse, pois acabam adoecendo e muitas vezes morrem em decorrência disto. Este têm sido um dos grandes cuidados de seus tutores.

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Os jumentos podem desaparecer?

Uma das preocupações das autoridades e de entidades de defesas dos animais é que o aumento exponencial de abates de jumentos pode exterminar a espécie no país. Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia, os asininos podem desaparecer do Brasil em até cinco anos se a atividade seguir nesse ritmo. Há na Câmara dos Deputados Projeto de Lei que pretende fazer deste animal Patrimônio Cultural, devido ao auxílio histórico dos jumentos ao povo do Nordeste, devido à ajuda ao trabalho no Sertão.

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Na decisão que suspendeu o negócio na Bahia, a juíza federal Arali Maciel Duarte escreveu que 44 mil animais foram abatidos entre 2016 e outubro de 2018 em apenas um dos três frigoríficos do Estado com autorização para realizar a tarefa.

"O Brasil não tem cadeia produtiva de jumentos. Ou seja, eles não são criados para o abate, como os bovinos", diz Elizabeth MacGregor, diretora do Fórum Nacional de Proteção e Defesa de Animal. "Se continuar assim, a espécie será exterminada. O Estado brasileiro não se preocupou em dar tratamento digno para os jumentos, que são um símbolo cultural do Nordeste e do país."

A situação é emergencial, o feno dos animais está acabando. É preciso que haja mobilização para custear a alimentação. Sua ajuda é muito importante. Toda a prestação de contas está sendo feita em tempo real nas redes sociais da Frente Nacional de Proteção ao Jumento.

Instagram @frentedefesajumentos

Facebook: Frente Nacional de Defesa dos Jumentos

Você pode fazer doações a partir de 5 reais mensais, através da vaquinha online (mensal):
➡ bit.ly/800jumentos

Ou doar através da conta:
➡ Caixa Econômica Federal
Agência: 0991
Operação: 003
Conta Corrente: 2184-2
União Defensora dos Animais
CNPJ: 03.893.511/0001-78

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