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      Ricardo Kotscho

      Ricardo Kotscho é jornalista e integra o Jornalistas pela Democracia. Recebeu quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo e é autor de vários livros.

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      Chega! Entramos no 5º mês de boçalnarismo: Ninguém vai segurar esse trem-fantasma?

      "Estamos há cinco meses, literalmente, sem governo, assistindo placidamente ao festival de sandices e atrocidades praticadas no circo de horrores de Brasília", escreve o jornalista Ricardo Kotscho; ele também opina que "não temos mais Congresso Nacional, submetido ao domínio do baixo clero de Eduardo Cunha, o famigerado centrão, agora sob o controle de Rodrigo Maia"

      Chega! Entramos no 5º mês de boçalnarismo: Ninguém vai segurar esse trem-fantasma? (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

      Por Ricardo Kotscho, do Jornalistas para Democracia - Confesso que, no atropelo dos fatos horríveis que se sucedem a cada dia, a cada hora, chega um ponto em que nem sei mais o que escrever.

      Por isso, estou publicando mais textos curtos (só duas linhas) e comentários na minha página oficial no Facebook do que aqui.

      Não dá para esperar o dia seguinte e escrever um texto mais pensado no Balaio porque as maluquices e arbitrariedades em série do governo Boçalnaro não deixam.

      Além de passar a manhã de sexta-feira distribuindo medalhas aos filhos, amigos e seguidores, o presidente da República (?) ainda encontrou tempo para comemorar no Twitter a primeira exportação de abacates para a Argentina.

      Dá para acreditar? E agora o capitão quer ir à guerra na Venezuela... Se não fossem os generais que o tutelam, ele já teria convocado as tropas.

      O homem não tem noção nenhuma do cargo que ocupa e fica todo mundo em volta batendo palmas e dando risadinha envergonhada quando ele levanta a camisa para mostrar a cicatriz da facada num programa de televisão.

      Militares sempre curtiram esse negócio de cerimonias e entrega de medalhas, eu sei, mas o país reclama a presença, no Palácio do Planalto, de alguém que o governe.

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      Estamos há cinco meses, literalmente, sem governo, assistindo placidamente ao festival de sandices e atrocidades praticadas no circo de horrores de Brasília.

      Também não temos mais Congresso Nacional, submetido ao domínio do baixo clero de Eduardo Cunha, o famigerado centrão, agora sob o controle de Rodrigo Maia.

      O Supremo Tribunal Federal não julga o que tem que julgar e também se dedica a cerimonias de desagravo aos seus membros, enquanto faz licitação para comprar lagostas e vinhos premiados.

      Com os três poderes em frangalhos, o que nos resta fazer?

      Não temos mais lideranças, nem no governo nem na oposição. É tudo um balaio de gatos pardos disputando nacos de poder.

      Em compensação, bem longe daqui, em Nova York, entidades democráticas, congressistas e até o prefeito da cidade se mobilizaram para impedir a homenagem ao capitão como "personalidade do ano".

      Quem será que o elegeu para isso? Baseado em que fatos concretos, a não ser o de que ele está se dedicando, com muito afinco, para destruir o país e suas instituições, determinado a não deixar pedra sobre pedra.

      Chega! Basta! Assim os jornais antigos gritavam em suas manchetes quando achavam que a situação ficava insustentável.

      Quem faria isso hoje? Estamos todos bestializados diante de tanta insanidade, sem saber o que fazer.

      E o que nós poderíamos fazer para evitar este avanço do retrocesso?

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      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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