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Ergon Cugler

Estudante da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC) e diretor da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP)

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Ciência reduzida a cinzas: o culpado é Temer

Desta vez o desmonte da universidade pública fez manchete com incêndio e os frutos de um governo que deixa a herança da Emenda Constitucional nº95 - com 20 anos de congelamentos de investimentos públicos em setores estratégicos - dão colheita com praga ao povo que sofre cada vez mais com a miséria que se alastra em um país que ataca a educação, a pesquisa e o desenvolvimento da ciência

Ciência reduzida a cinzas: o culpado é Temer
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Todos acompanharam com profunda tristeza o acontecimento trágico na noite de domingo (02) com um dos mais importantes museus da América Latina. O incêndio no Museu Nacional que teve início por volta das 19h30 tomou conta do prédio histórico que comemorava seu bicentenário (1818).

Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade e ao Ministério da Educação (MEC), que durante os últimos 2 anos sofreu com profundos cortes no orçamento, deixando diversas reformas pendentes.

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Em entrevista, o Diretor do Museu Nacional, Paulo Knauss, recordou que o Museu, assim como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, pegou fogo fechado, o que para ele demonstra que “é preciso cuidar da manutenção dessas instituições tão importantes para história”.

O repasse anual deveria ser de R$ 550 mil, no entanto o Governo Federal que tem reduzido os investimentos das Universidades Públicas de todo Brasil condenou o Museu Nacional a um repasse de apenas 60% deste valor, sem recurso para  pesquisa e manutenção, reduzindo exposições e levando a instituição à humilhação de fazer vaquinha virtual para arrecadar R$ 100 mil e reabrir a sala mais importante do acervo, onde fica a instalação do dinossauro Dino Prata.

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Desta vez o desmonte da universidade pública fez manchete com incêndio e os frutos de um governo que deixa a herança da Emenda Constitucional nº95 - com 20 anos de congelamentos de investimentos públicos em setores estratégicos - dão colheita com praga ao povo que sofre cada vez mais com a miséria que se alastra em um país que ataca a educação, a pesquisa e o desenvolvimento da ciência.

Há exato um mês (02 de agosto), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) anunciou o possível corte de mais de 200 mil bolsas de pesquisa ao ano de 2019 por falta de orçamento do Governo Federal, evidenciando o contínuo desmonte da pesquisa nacional e do desenvolvimento científico. Em resposta à exposição e pressão de diversos pesquisadores em todo Brasil, Temer voltou atrás e assegurou o recurso.

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Na coleção do Museu Nacional estavam o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de "Luzia", a histórica coleção egípcia adquirida por Dom Pedro I, a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina, as coleções de Paleontologia que incluem o Maxakalisaurus topai (dinossauro proveniente de Minas Gerais), os quais junto aos demais objetos somam mais de 20 milhões de itens consumidos pelo fogo.

Por sorte, os seguranças que vigiavam o Museu não tiveram ferimentos, mas o mesmo não pode ser dito sobre a memória do país e sobre a esperança de um povo cansado de tragédias que só transformam seus sonhos em cinzas.

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