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Yanne Telles

Advogada. Conselheira Estadual da OAB/PE. Membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos, OAB, Conselho Federal, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, ABRADEP, integrante da Executiva da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, ABJD.

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Como candidato, Bolsonaro usa população vulnerável para fazer campanha

Somente a cidadania organizada, consciente da importância desse processo de comunicação pode barrar a bestialização das massas pelo capital

Jair Bolsonaro e Fila na Caixa Econômica Federal (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Roberto Parizotti/FotosPublicas)
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O ano é 2020. Além de Eleições municipais, é o ano de uma pandemia que nos coloca em uma encruzilhada civilizadora, diante de novos dilemas políticos e éticos. 

A pandemia nos revelou a real dimensão de nossa vulnerabilidade em um mundo completamente conectado. Revelou que o bem-estar individual também depende do bem-estar coletivo. 

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As pessoas se voltaram para o Estado e estão exigindo medidas de proteção para sobreviverem à crise da pandemia que veio apenas piorar a situação de crise a qual a população mundial já vivia. 

São anos de crise com os cortes nas políticas sociais, legitimando a absurda concentração de riqueza, impedindo medidas efetivas para evitar as catástrofes ecológicas e o consequente aumento da desigualdade social. E a política que deveria suprir as necessidades e os anseios dos cidadãos se furta dessa função e o mercado a cada dia vai ganhando corpo e só ascendem a ele os mais fortes. 

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Em benefício da força desse mercado, grande parte da população vive hoje a margem, morrendo pela miséria, pela violência, pela fome, pela falta do olhar de um sistema de privilégios. O vulnerável que precede a pandemia e somente se agrava com ela. Mas a pandemia também confere pensar na ausência do Estado e pensar a exceção em tempos excepcionais. Pensar em medidas de enfrentamento a crise. 

Exemplo de medida para proteger a população vulnerável durante a crise da pandemia foi a criação de um beneficio financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, com o objetivo de garantir uma renda mínima aos brasileiros em situação mais vulnerável durante a pandemia da Covid-19: o Auxílio Emergencial, no valor de R$ 600,00, instituído por Lei Federal nº 13.982, de 02 de abril de 2020. Obra do Congresso Nacional que travou uma luta com o Governo Federal, que divergia do valor, com uma proposta de R$ 200,00 reais.

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Uma medida que grande parte da população, especialmente aqueles que se beneficiam, não tem conhecimento de que é um auxílio pago pelo seu próprio bolso, assim como outros benefícios sociais “concedidos” por conta de impostos pagos pela própria população. Um direito. 

Essas pessoas são fundamentalmente vulneráveis a falta de informação e aos que sabem falar a sua linguagem e captam suas inquietações. Como os pastores evangélicos conservadores e apologistas da dominação capitalista, colonialista e patriarcal. Os “salvadores da pátria”, que surgem e se retroalimentam da ignorância da população, impossibilitando a construção de uma estrutura de sociedade democrática, humana, justa. Daí a importância de uma população esclarecida para além do conhecimento da história, sobretudo compreendendo a perversão da alteridade. Especialmente agora com as Fake News produzidas nas redes de internet.

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Portanto, é vital a comunicação com essa camada da população desinformada, vulnerável a projetos políticos sem compromisso com o bem comum. Somente a cidadania organizada, consciente da importância desse processo de comunicação pode barrar a bestialização das massas pelo capital.

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