Como é a patrulha ideológica agora
As pessoas sentem-se legitimadas para execrar qualquer coisa que remeta ao socialismo; e pior, os mais radicais chegam a descarregar louvações à criminosa e hedionda ditadura
Virou rotina a pessoa ser insultada se identificada com o governo. Agora, ao sair, temos que nos preocupar também com o delinquente político.
A patrulha ideológica, termo cunhado na época da ditadura, está de volta, mas com uma belicosidade que não existia.
Se antes era a esquerda quem pressionava, hoje ela é pressionada.
Alguns poderão dizer que a expressão patrulha ideológica não faz mais sentido em tempos de redes sociais, já que interagir e opinar é a regra agora.
Independente de estarmos mais expostos a opiniões contrárias, o fato é que o politicamente correto mudou de lado.
É só reparar nas ruas. As pessoas sentem-se legitimadas para execrar qualquer coisa que remeta ao socialismo; e pior, os mais radicais chegam a descarregar louvações à criminosa e hedionda ditadura.
Não à toa temos a Câmara mais retrógrada dos últimos tempos. Como pequena amostra da demência a que chegamos, o Rio de Janeiro, sempre associado à vanguarda, elegeu Jair Bolsonaro como terceiro deputado federal mais votado do país.
A insanidade política que vivemos nos conduziu ao novo modelo da época: o fascista orgulhoso. Encorajado por uma mídia delinquente, sente orgulho em agredir a plenos pulmões quem esteja do outro lado.
A intolerância política virou regra, os casos vão se sucedendo. E essa patrulha de agora é tão feroz que muitos, evitando o confronto, parecem viver na clandestinidade em plena democracia.
Nossa sociedade, historicamente conservadora, encaretou de vez. Felicianos e Bolsonaros se multiplicam.
Os conservadores estão se deixando contaminar por um 'mundo cão' que os telejornais exibem incessantemente, em que já vai embutido o motivo de todos nossos males, a esquerda bandida e corrupta.
A patrulha anda extrapolando. A deputada Jandira Feghali, do PCdoB, foi cobrada por voar de classe executiva. Não bastou explicar que foi a Câmara quem comprou as passagens dos seis parlamentares enviados numa missão oficial ao Líbano.
Por ela defender os menos favorecidos, talvez devesse viajar de jegue.
Na cabeça do patrulheiro o verdadeiro esquerdista nasceu no chiqueiro e por lá deve passar toda a eternidade.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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