Como em 1954, cabe repetir que o petróleo é nosso
Com raros cabelos brancos, barba rala e voz rouca, Lula lembra que o desenvolvimento é o único caminho aceitável como futuro dos povos
O esforço dos salões perfumados para impedir a exploração do petróleo na Bacia Amazônica brasileira é uma vergonha histórica enganosamente enfeitada pela preocupação ambiental.
A questão é econômica, política e também ética. Vivemos num país onde a fome é única realidade palpável para grande parte das famílias, o desemprego permanece como um flagelo estrutural e a desigualdade alimenta-se dia após dia.
Aqui, todo esforço para desbravar caminhos para o desenvolvimento e a distribuição de riqueza é necessário como o oxigênio que respiramos, indispensável como um prato de refeição à mesa, um copo d'água num dia de calor.
Sabemos que, desde a Idade da Pedra, a humanidade só encontrou três fontes essenciais para a produção de riqueza -- o esforço humano, o conhecimento que cria novas tecnologias e a exploração de recursos naturais.
Parte do conhecimento, a ciência evoluiu ao longo de milênios. Criou padrões tecnológicos mais produtivos, à altura de novos patamares de desenvolvimento e conforto, mais adequados a uma população que cresceu e se multiplicou várias vezes.
Para entender essa situação em todos os seus aspectos, basta fazer um rápido exercício de imaginação e avaliar o que teria acontecido com a economia e a sociedade do país caso a Campanha do Petróleo é Nosso tivesse sido derrotada.
Neste início de terceiro milênio, o compromisso do governo Lula com a exploração do petróleo é parte de uma história onde foi possível acumular vitórias inegáveis sobre uma herança de atraso e pobreza.
Afirmando uma consciência ambiental que silencia seus críticos honestos, em seu terceiro mandato Luiz Inácio Lula da Silva confirma o compromisso que lhe permitiu deixar o sertão pernambucano, atravessar o país na carroceria de um caminhão e liderar a luta dos trabalhadores para se tornar uma voz respeitada em todos os debates relevantes -- a defesa dos oprimidos e injustiçados.
Com raros cabelos brancos, barba rala e voz rouca, Lula lembra que o desenvolvimento é único caminho aceitável como futuro dos povos. A alternativa, já sabemos, é um retrocesso inaceitável.
Alguma dúvida?
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

