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Cláudio Furtado

Espiritualista, escritor e engenheiro. Autor dos livros “Divagaísmo” e “O Despertar – Existência Integral”, este último com dois amigos, com os quais também fundou a Phoenix Produtora.

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Como funcionam as privatizações na periferia do Capitalismo

Assim funciona o jogo vil do capital. Expropriando os bens e o bem-estar social dos trabalhadores dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento

Sede da Petrobrás no Rio (Foto: Sergio Moraes - Reuters)
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Para entender esse jogo sombrio que os donos do mundo fazem, vamos inicialmente iniciar com uma metáfora para melhor entender o que vem ocorrendo em nosso país:

Um fazendeiro com terras hiper produtivas e lucrativas recebe uma proposta de um estrangeiro rico para vender sua propriedade pela metade do preço.

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O estrangeiro além da proposta indecente oferece uma minúscula participação no lucro da fazenda após a venda. É claro que para isso o fazendeiro terá que investir seu dinheiro nas ações da fazenda que venderá, pois “não existe almoço grátis”.

O fazendeiro que sofre de uma síndrome de vira-lata extrema aceita a proposta, pois em sua mentalidade de colono subdesenvolvido, o estrangeiro rico irá administrar muito melhor a sua fazenda. Em pouco tempo o ex-fazendeiro torra o dinheiro da venda, mas por ter comprado algumas ações, recebe do estrangeiro uma pequena esmola como participação do lucro da fazenda: um copo de leite, uma batata e um ovo de galinha.

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O ex-fazendeiro que antes tinha a mesa farta agora passou a pagar caro pela alimentação. Não há mais a fartura de antes em sua mesa, mas psicologicamente se sente satisfeito por receber uma migalha do lucro da fazenda administrada pelo estrangeiro.

Com o passar dos anos, o estrangeiro compra a minúscula participação que o ex-fazendeiro tinha. Agora o ex-fazendeiro não tem direito nem mais ao copo de leite, a batata e ao ovo de galinha. A alimentação continua a aumentar de preço e a comida na mesa do fazendeiro fica cada vez mais escassa. Até que um dia ele chega à beira da insegurança alimentar.

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E quanto isso, o estrangeiro rico passou de milionário para bilionário com os lucros da fazenda.

Metáforas a parte, a conclusão desta história macabra é:

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— As empresas públicas privatizadas perdem a função social. Função social que busca construir um país soberano e próspero para todos os brasileiros.

— Sem função social, as empresas se tornam focadas apenas no lucro e enriquecem apenas os mais ricos do planeta. Ou alguém ainda acredita que o lucro das empresas privatizadas é revertido para o solo nacional?

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— Assim os donos do capital enriquecem ainda mais e têm mais fundos para investir na compra de leis que os beneficiem. Então ocorrem reformas com a Trabalhista e a da Previdência, as quais provocam somente perdas nos direitos dos trabalhadores, amentando assim a desigualdade no país.

— O aumento da desigualdade aumenta todas as mazelas sociais. Violência, corrupção, miséria, desemprego, etc, sofrem imenso incremento na sociedade, pois como pode ser visto em todas as estatísticas, os países que têm mais desigualdade, têm também maiores problemas sociais. Assim, a sociedade mergulha em um caos sem retorno. É este é o resultado deste terrível Choque Neoliberal que estamos sofrendo.

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— Mais uma privatização, digo, expropriação bem sucedida no país. E neste caso me refiro a Eletrobras especificamente, a qual é uma empresa altamente estratégica para a industrialização do Brasil. Lamentavelmente isso parece ser um adeus ao sonho de um país desenvolvido para todos os brasileiros.

Assim funciona o jogo vil do capital. Expropriando os bens e o bem-estar social dos trabalhadores dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, leia-se: países pobres, neocolônias do capital. E ainda diziam que os comunistas iriam expropriar os meios de produção dos donos do capital. Aconteceu exatamente o contrário. Ao que parece os donos do capital leram as Teorias Marxistas e fizeram uma contra revolução, expropriando os bens e os direitos sociais do proletariado das neocolônias dos países capitalistas subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Ou seja, os países imperialistas continuam como sempre explorando os seus colonizados.

Como irá terminar esta história? Difícil dizer. Mas mesmo a contragosto tenho que dar razão ao bilionário americano Warren Buffett quando declara:

“Claro que há luta de classes, e é a minha classe, a dos ricos, que está lutando, e estamos vencendo”. 

Com certeza tem jeito para revertermos esta exploração macabra que sofremos. Só é difícil dizer, se o povo está disposto a pagar o alto preço que será cobrado para realizar as ações necessárias para a reversão de toda esta exploração nefasta, a qual estamos sentindo dia a dia na nossa carne.

No caso do Brasil, com a eleição de Lula para um novo mandato presidencial, há a oportunidade de povo retirar os Nazis do poder para estancar o Choque Neoliberal tardio que o país vem sofrendo. Além de eleger Lula será necessária muita mobilização popular para que este jogo desfavorável aos trabalhadores seja revertido, pois será duríssimo o embate do novo governo contra o Neoliberalismo. Todos temos que participar desta luta para ganharmos esta batalha de reconquista da soberania nacional e para termos novamente o orgulho de sermos brasileiros. Vamos à luta!

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