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Mauro Passos

Engenheiro, ex-deputado federal pelo PT/SC, e presidente do Instituto Ideal

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Como tudo começou

O que vai acontecer com as joias da Michelle, só o tempo vai dizer. A sociedade quer e cobra resposta

(Foto: Reprodução)
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 De repente, do nada, um conjunto de joias preciosas joga a imagem do Brasil na lama. No noticiário da noite do dia 3, no JN, dando o devido destaque a um escândalo envolvendo o ex-presidente, sua esposa, ministros e militares, o país passa a conhecer melhor quem nos governava. Dona Michelle e seus milhões de reais em joia vira manchete internacional. O caso já vinha sendo abafado durante o governo passado com servidores da receita ameaçados por autoridades civis e militares, da forma mais torpe possível.

 Depois dos atos do dia 8 de janeiro em Brasília, com golpistas ocupando e quebrando o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, "as joias da Michelle" passou a ser o assunto que mais expos o governo passado. Não só pelos valores envolvidos, mas principalmente pelo cala boca que as autoridades quiseram impor em relação ao ocorrido. Ainda bem que os servidores públicos da Receita Federal, com autoridade e responsabilidade evitaram o pior.

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 O que vai acontecer com as joias da Michelle, só o tempo vai dizer. A sociedade quer e cobra resposta. Outras inúmeras práticas condenáveis da família presidencial, foram abafadas. Agora o governo é outro e está empenhado em apurar com rigor o que se passou. As falsas notícias como sempre, virão: só que elas não se sustentam mais. O pior já passou, vencemos nas urnas, nas ruas e na opinião publica. (*)

 A imagem acima, escolhida a dedo, fala por si. Além de ser a origem de tudo, também ela revela o que pode ter acontecido com joias. Para um governo entreguista, a venda de uma refinaria deveria ser festejada. Afinal, era o que ex-presidente e aquele que ele chamava de Posto Ipiranga sempre defenderam. Na foto nenhum dos dois estava presente. Representando o Brasil na venda da refinaria, um isolado ministro, o almirante Bento Albuquerque. Do outro lado da mesa, uma festa saudita. (**)

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 Quem fica feliz com um negócio, festeja e presenteia. Quem está envergonhado com a venda que fez, principalmente se for um bem público, se esconde. Quando o que está sendo tratado na mesa pode virar num escândalo, então a orientação é se fazer de morto.  No caso em questão duas coisas não podiam aparecer, o valor da refinaria e os "agrados" associados ao negócio. O que ninguém da comitiva e do próprio governo esperava é que os fiscais da Receita Federal abrissem a mochila do sargento. As joias apareceram e a tramoia veio à tona. Só falta agora quererem botar a culpa no desavisado que trouxe a encomenda.

  De forma bem resumida seguem algumas situações que gostaria de compartilhar com os que me seguem nas redes sociais, nos sites e no blog. Vamos lá:

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 1- Por quanto foi vendida a refinaria e quanto valia?

 2- Se as joias eram presentes para o governo brasileiro, o que estavam fazendo retidas há mais de um ano nos cofres da Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos?

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 3- Quem determinou que um presente para o governo brasileiro fosse levado na mochila de um sargento, como se contrabando fosse?

 4- Quem recebeu os "agrados" foi o então ministro das Minas Energia, o almirante Bento Albuquerque, que já está na sua terceira versão sobre o ocorrido. As fotos do que recebeu oficialmente e o que foi encontrado pela Receita na mochila do militar Marcos André dos Santos não coincidem. Até então ninguém falava em colar e brincos de diamantes avaliados em 16 milhões de reais. Aí tem..

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 5- O que mais chama atenção nesse roteiro próprio de uma republiqueta, foi o desespero do então presidente em autorizar um avião da FAB para resgatar as joias aprendidas pela Receita Federal em Guarulhos.  Pasmem, no dia 28 de dezembro, justamente no apagar das luzes de um governo sem luz.

 (*) O ministro da Justiça Flávio Dino acionou a Polícia Federal para investigar os fatos relacionados ao que vem sendo chamado como as "Joias da Michelle".  

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 (**) A venda da Refinaria Lindulpho Alves, na Bahia, se deu no final da polêmica gestão de Roberto Castelo Branco, na Petrobras. Segundo analistas do setor, a venda da refinaria foi uma surpresa geral.

 PS- Nada como um domingo chuvoso para identificar e abordar a principal notícia da semana. São tantas que aqui ninguém morre de tédio....    

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