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Conduzindo Lula!

Passado o instante da condução coercitiva de Lula, o que está em disputa imediata é a desmistificação de nossa Corte Suprema, suposto que a luta das famílias midiáticas para salvar o próprio rabo não é assunto relevante ao judiciário

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Vivemos, disse Carlos Drumond de Andrade, uma época de merda e de maus poemas. A condução coercitiva de Lula, ordenada pelo Juiz Moro, eleva o debate de nossa época (de merda) a um patamar ideológico que, sob a batuta da sociedade midiático/familiar do espetáculo, potencializa a própria merda...

Neste contexto, a operação lava jato e seu combustível midiático (familiar), para além de sequer equiparar-se a um mau poema, já exala um fedor inimaginável em um Estado que pretenda se sustentar, democraticamente, no Direito.

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Assim é que a aposta na perpetuação de prisões preventivas absolutamente ilegais (do ponto de vista dogmático) e que não se coactam nas instâncias superiores (pressão das mídias familiares ou aparelhamento ideológico das Cortes superiores?) veio somar-se a antecipação do início da execução, logo após o julgamento dos recursos de apelação.

Tanto na manutenção das prisões preventivas, quanto na decisão que desliga o início da execução do trânsito em julgado, a atuação das mídias familiares revelou-se decisiva.

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A condução coercitiva de Lula hoje ordenada e ultimada é a cereja deste bolo fecal... Deveras, o dia de hoje não começou à zero hora. Seu marco temporal coincide com o instante em que o Supremo, traçando um ‘ponto fora da curva’, cedeu ao projeto de poder (sobrevivência) das famílias midiáticas do Brasil, fazendo uma releitura da teoria nazista do domínio do fato.

Repaginado o modelo nazista de persecução e alocado Aires Brito Presidente do INOVARE, a direita brasileira enfim alcança o pasto fértil que tanto buscou.

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Assim, autorizada pelo Supremo, o uso da ferramenta judicante nazista passa a abastecer uma parte (ínfima) do judiciário federal que sempre dançou neste ritmo...

Este combustível vem perpetuando a jurisdição quase eterna do Tribunal monocrático de Curitiba, sem que vozes dissonantes se levantem. Sem que a comunidade jurídica se manifeste (indignada) pelo contexto da obra e não por situações pontuais...

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Deveras, as ordenações curitibanas que já haviam estabelecido um modelo processual inédito, determinando conduções coercitivas absolutamente afastadas do texto legal (suposto que padecem de sua condição de viabilidade), se superaram ao suscitar justificativa fascista por ocasião da condução de Lula, quando um procurador teria justificado o movimento na necessidade de proteção do Presidente.

O que impressiona, entretanto, não é o aparelhamento ideológico do modelo fascista, mas sim a ausência de controle judicante de seus excessos, suposto que nem os Juízes que colaboraram com o Dulce ousaram legislar...

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Assim, a divulgação pelo twiter madrugador (02:00h) de jornalista da Folha de São Paulo, antecipando o que estaria por vir, faz as vezes do uivo solitário que anuncia, para a alcateia, a hora do encontro com a  presa mais cobiçada..

Aqui, a arte imita a vida, na medida em que a marcha nazifascista recepciona enquanto fato histórico a ação por etapas, à conta gotas...

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Primeiro os arianos se livraram dos judeus (para lhes roubarem), depois dos homossexuais (para com eles não se deitarem?), na sequencia dos negros (mito do tamanho?) e, durante o processo, tiveram tempo para celebrar decretos de esterilização dos portadores de necessidades especiais – bobos, idiotas, aleijões...

A esquerda foi a última a ser alcançada. O resto é história – triste, mas história...

Aqui, alcançada a esquerda, assistimos em tempo real a conjugação dos esforços das mídias familiares, emparelhada com as decisões do Tribunal monocrático de Curitiba, sem qualquer delay, na tentativa de desconstruir o Mito Lula, à custa do sangue do cidadão Luiz Inácio...

É dizer: As famílias midiáticas já iniciaram a corrida ao palácio do planalto que, pelas mãos do calendário eleitoral, deveria acontecer em 2018...

O que há de novo nisso? Afinal a mais antiga das histórias da humanidade é, justamente, a de manter o poder...

A novidade é a ausência de indignação da comunidade jurídica como um todo, na medida em que o modelo antidemocrático e ilegal de condução do processo, cunhado em conduções coercitivas ilegais, prisões preventivas abusivas, ordenadas apenas para produzir delações, não recebeu (no tempo devido) as devidas críticas ou cortes do Poder judiciário, tal qual na Alemanha dos nazistas, onde os decretos de esterilização não mereceram o combate do Poder Judiciário de época...

Em Alemanha nazista os vizinhos que não diziam nada justificaram o seu silêncio no medo da máquina de guerra do füher, enquanto os doutores da Suprema Corte Alemã que aderiam aos decretos de esterilização jamais se justificaram...

Quando perguntados, no julgamento de Nuremberg, sobre a própria conduta, assentiram que deram a jurisdição devida, na medida em que os decretos de esterilização eram a expressão da lei de época.

Contornaram, assim, a própria história com o uso da retórica que, lá como cá, abençoa o desuso do estado de direito...

Registre-se: A retórica foi a mais aguda colaboração dos Juízes da Suprema Corte nazista ao esforço de guerra do terceiro reich...

De toda sorte, passada a estupidez midiática de sua condução coercitiva, Lula já se manifestou e, enquanto líder maior da esquerda latino americana, caminha de encontro ao próprio legado – que já o abraçou.

E nós outros, seus legítimos seguidores políticos, o que fazemos? Vamos às ruas? Saímos no braço? Falamos mal do juiz Moro e de seu Tribunal monocrático de Curitiba?

Penso que nada disso importa.

Passado o instante da condução coercitiva de Lula, o que está em disputa imediata é a desmistificação de nossa Corte Suprema, suposto que a luta das famílias midiáticas para salvar o próprio rabo não é assunto relevante ao judiciário, nem há qualquer esforço de guerra que justifique o exercício da retórica, tampouco imbecis e idiotas à espera de serem esterilizados...

O que existe é o instante e o direito, cujo reclamo foi posto às mãos da ministra que, um dia, convocou o Juiz Moro para lhe auxiliar no Supremo. A ela cabe dizer se o seu antigo assessor tem competência para investigar o cidadão Luiz Inácio.

Com a Ministra Rosa a palavra!

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