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Cláudio da Costa Oliveira

Economista aposentado da Petrobras

160 artigos

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Confirmado: Brasil hoje já é colônia da China (3)

Passamos pelo colonialismo, estamos no neocolonialismo e vamos para o pós-neocolonialismo.

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“Passamos pelo colonialismo, estamos no neocolonialismo e vamos para o pós-neocolonialismo”  

Nos dois primeiros artigos sobre este tema, publicados respectivamente nos dia 27 e 30 de abril p.p. , falamos sobre a repentina mudança de posicionamento do governo Bolsonaro em relação à China, os pronunciamentos do presidente e de autoridades como “Brasil quer livre comercio com a China” (Paulo Guedes nov/2019)

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Esta mudança no entanto parece que não foi percebida pela mídia brasileira que não questionou o assunto.

Falamos sobre o tamanho e a importância do relacionamento comercial entre os dois países e os interesses comuns. 

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Agora vamos tentar analisar para onde este relacionamento vai nos conduzir.  

Em maio de 2004, o ex presidente Lula fez uma viagem à China acompanhado de muitos ministros, governadores e cerca de 400 empresários. Foram assinados diversos contratos empresariais e atos bilaterais. 

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Em novembro de 2004 o então presidente da China Hu Jintao veio ao Brasil, oportunidade em que o governo brasileiro concedeu à China os status de economia de mercado, sob forte protesto da Federação das Industrias de São Paulo – FIESP. 

Em 2009 a China ultrapassou os EUA como principal parceiro comercial do Brasil. 

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No encerramento do 4º Forum Empresarial Brasil-União Européia em julho de 2010, jornalistas estrangeiros questionaram Lula sobre o relacionamento do Brasil com a China e se isto não teria uma conotação ideológica. Lula respondeu “depois que eu vi os Estados Unidos elegerem a China como seu parceiro preferencial, entendi que isto também poderia ser bom para o Brasil”

Como é característica dos asiáticos, os chineses são pacientes e estrategistas. Isto não quer dizer que deixem de aproveitar oportunidades de momento. 

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O jogo de tabuleiro “GO” criado na China há mais de 2.600 anos e muito difundido na Coréia e Japão, talvez seja um indicativo do raciocínio chinês. Neste jogo o principal objetivo não é capturar as peças do adversário mas ocupar o maior território possível com suas próprias peças.   

Além da compra das commodities brasileiras os chineses passaram a investir no Brasil principalmente em energia. 

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Hoje, depois da Eletrobrás, a China possui o maior número de hidroelétricas no Brasil. Além das hidroelétricas muitas linhas de transmissão, distribuição e parques eólicos foram comprados pelos chineses. Estão interessados na compra da Sabesp e da Cemig. 

Fica difícil de entender que todas estas aquisições não façam parte de uma estratégia maior.  

O professor de história Edemilson Morais esclarece “No colonialismo, os objetivos eram os produtos tropicais, valiosos na Europa e portanto interessantes para manutenção da balança comercial favorável, e o metais preciosos. Já no neocolonialismo, os objetivos são matéria-prima, mercados consumidores e mão-de-obra barata” Assista a aula a seguir :

http://mestresdahistoria.blogspot.com/2011/04/aprenda-as-diferencas-entre-o.html 

O colonialismo teve seu auge no sec. XVI, já o neocolonialismo surgiu no sec. XIX e vem até nossos dias. 

Mas as transformações tecnológicas ocorridas nas últimas décadas, especialmente nas telecomunicações, estão nos conduzindo para um modelo de pós-neocapitalismo. 

Recentemente mais de 500 milhões de participantes do Facebook tiveram seus dados divulgados em servidores na nuvem. Os desejos e preferencias individuais são informações valiosas para o trabalho de marketing das empresas, mas também podem servir para interesses políticos. 

Atualmente a maior área de conflito entre Estados Unidos e China é a implantação do novo sistema de comunicação 5G. 

A quinta geração da internet deve oferecer conexões 50 vezes mais rápidas que a 4G além da inteligência artificial, um dos principais instrumentos de inovação.

No Brasil a Agência Nacional de TelecomunIcações – ANATEL deverá, ainda em 2020, promover o leilão para escolha do fornecedor do sistema

A gigante chinesa Huawei é a favorita para ganhar o embate. Além de dispor de tecnologia mais avançada oferece abundantes financiamentos, condição indispensável para as quatro principais operadoras brasileiras (Claro, Vivo, Oi e TIM).

O sistema permitirá o controle de todos os equipamentos nas residências  ( ar condicionado, televisão, maquinas de lavar etc). Mostrar as preferências de cada consumidor. Um a um. Com o tempo provavelmente permitirá identificar as tendencias políticas de cada um, podendo servir de base para trabalhos de marketing. 

Ainda não entendi claramente a estratégia chinesa no Brasil de ocupação de espaços, como no jogo “GO”

Passamos pelo colonialismo, estamos no neocolonialismo e vamos para o pós-neocolonialismo. 

Não diria que estamos caminhando para o “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley, mas estamos chegando perto. 

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