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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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Confissão de um ateu: exemplo humano a ser seguido

Reconhecer erros não é coisa para a direita. Negar a história e sonegar provas dos fatos, sim, é típico da direita

Reconhecer erros não é coisa para a direita. Negar a história e sonegar provas dos fatos, sim, é típico da direita (Foto: Dom Orvandil)
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Li o genial artigo do jornalista Breno Altman escrito e postado no seu blog no dia 23 de dezembro de 2014.

Nele Altman escreveu o que chamou de "Confesso meus erros sobre o papa Francisco". Mencionou seu erro ao avaliar o atual Papa como a contra revolução moderna.

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Um comentário de um de seus leitores à mesma postagem o isenta do erro porque a onda de acusações contra a vida de Francisco o Pontífice ao lado da ditadura sangrenta argentina, indicando que ele se aliara aos delinquentes golpistas e teria dedurado pessoas, o que fornecia um contexto de análise na mesma direção, como a verdadeira culpada do erro que o jornalista alegou cometer.

Contudo, Breno não considera a conjuntura suficiente para induzir um cidadão e jornalista amigo dos povos e da luta revolucionária a não investigar o bastante para não se deixar levar de roldão, como a grande mídia, imersa na borrasca dos interesses mesquinhos do imperialismo, costuma fazer.

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Por isso a "confissão" do jornalista blogueiro se reveste de significado e emocionante lição de vida.

Dois valores de extrema significação verticalizam seu texto e servem de lições essenciais à vida. Tais valores causam estupefação, por um lado, porque apontam para a decência ética da vida que todos devemos viver, sempre prontos a reconhecer nossos erros, que teimam em nos mostrar que somos humanos. Por outro lado, porque indicam que uma vida cristalina e transparente não esconde nem nega os erros, mas os confessa para corrigi-los.

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Creio que a linha da confissão dos erros é divisor inconteste entre os que lidam com a verdade sobre os fatos, cujos confessores geralmente são de esquerda, e os que a estrangulam para fazer com que os fatos não sejam os fatos, mas elaborações mentirosas a serviço das estratégias da dominação, são necessariamente de direita.

Os de esquerda sabem que se não forem honestos no reconhecimento dos erros levarão multidões ao desastre e nações inteiras ao cadafalso que mata a verdade e a justiça em forma de vidas.

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Os de direita não se importam com o povo, com os povos nem com os prejuízos que causam às pessoas e ao mundo, por isso nunca reconhecem erros e, muito menos, não os confessam. Aliás, para os de direita os únicos erros que julgam existir são os que os levam a ser expulsos dos aparelhos onde se ancoram para mentir, roubar e manipular a verdade. Quando apeiada do poder, a direita não avalia que tal acontece porque as pessoas forçaram as mudanças, mas porque pensam-se como falhas na sua pseudo onipotência e arrogância ante a realidade que sempre força as transformações.

Seguidamente me pego pensando na possibilidade de Fernando Henrique Cardoso confessar seus erros de trair o povo brasileiro e o Brasil a favor do sórdido neoliberalismo, que quebrou o Brasil três vezes e montou fantástica máquina corruptora do Estado, que atravessa os tempos no afã de corromper.

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Penso se Aécio Neves confessasse seus erros de ser de direita e de seguir caminho tão gigantescamente imoral e antiético como o que o levou a ser infeliz na sua candidatura à presidência e a ser tão nulo como senador da república.

Reflito na possibilidade dessa elite brasileira, tão mesquinha, egoísta e atrasada nas tentativas de golpes contra os interesses nacionais, confessar seus erros.

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Porém, logo me dou conta de que isso não pode acontecer com quem age e vive fora da realidade, tentando mudá-la a seu favor. A direita jamais alcançará a honraria do reconhecimento dos erros e sua confissão com possibilidades de correção e de mudança de rumos.

Reconhecer erros não é coisa para a direita. Negar a história e sonegar provas dos fatos, sim, é típico da direita.

Reconhecer erros e confessá-los, com fez Breno Altman, movido pelo amor à verdade e à prática que muda o mundo, é valor seguido pelos militantes e combatentes de esquerda.

Logo aqui abaixo posto parágrafos do comentário que fiz à brilhante postagem mencionada. Agradeço pela generosidade de Altman em postar em seu prestigiado blog essas palavras sinceras que lhe dirigi.

"Tua confissão é uma obra de arte, não da arte concebida por Aristóteles, descolada da realidade ou feita outra "realidade" ideal. Tua obra de arte é puramente transversada pela autocrítica que nós dois conhecemos muito bem, sem a qual jamais se muda os rumos da prática revolucionária.

Tua confissão é lição das mais preciosas para o jornalismo dominante que, como escreves, é capaz muito mais de enforcar a realidade em seus textos do que abraçá-la humildemente, rendendo-se com dignidade aos rumos que ela agenda como verdade.

Tua confissão é lição mesmo para os cristãos, tão acostumados ao lero-lero inconsequente de quem se confessa, se confessa, mas continua a trilha dos pecados das injustiças sociais, sem jamais mudar de rumo.

Tua confissão honra a consciência, cujo tribunal é imperativo dos santos que querem e lutam pelo bem nivelado e inspirado pela justiça social."

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