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Nêggo Tom

Cantor e compositor.

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Todo dia era dia de Alessandra Negrini

Ela desfilava erguendo a bandeira da preservação da cultura indígena e da proteção de suas reservas, sinalizando que essa luta deveria ser de todos nós. O que justificava a sua “ousadia”, segundo ela mesma disse, de ter se vestido assim

(Foto: Reprodução/Instagram)
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Já estamos em ritmo de carnaval, e, ao que parece, além das chaves da cidades, o ativismo ideológico de alguns também forem entregues ao reinado de Momo. Espero que seja devolvido na quarta-feira de cinzas. Digo isto, depois de presenciar uma tentativa de linchamento contra a Atriz Alessandra Negrini, por ela ter desfilado de índia no Acadêmicos do Baixo Augusta, tradicional bloco carnavalesco paulistano.  

A crítica partiu de um segmento da esquerda, sob o argumento de que Índio não é fantasia. O que eu concordo. E também sob a acusação de apropriação cultural, o que já foge um pouco do contexto no qual Alessandra se encontrava. Ela desfilava erguendo a bandeira da preservação da cultura indígena e da proteção de suas reservas, sinalizando que essa luta deveria ser de todos nós. O que justificava a sua “ousadia”, segundo ela mesma disse, de ter se vestido assim.

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Eu vi gente comparando a “Índia” Alessandra, com quem usa fantasia de “Black Face”, por exemplo. O fica totalmente fora de contexto. A técnica de pintar o rosto de preto, tinha o objetivo de ridicularizar os negros e seus traços étnicos. Não de exaltação de sua cultura e defesa de seus direitos. Curioso, é que as lideranças indígenas estavam ao seu lado, e em nenhum momento se sentiram desprestigiadas com a sua representação. As flechas que tentaram atingi-la, partiram de quem deveria apoiá-la incondicionalmente, na luta contra o fascismo selvagem e vigente no país.

Alessandra ficou tão bem de Índia, que o seu nome deveria ser usado como uma espécie de neologismo, em tudo que se refere aos Índios. O refrão da música de Baby Consuelo seria: “Todo dia era dia de Alessandra Negrini”. Ao invés de índio quer apito, diríamos: Alessandra quer apito. E se não der pau vai comer. Tiririca cantaria: “Alessandra seus cabelos...” Na verdade, Alessandra deveria virar um adjetivo para definir tudo o que é bom. Pô! Essa feijoada tá Alessandra demais! Quer elogiar a mina? Diz que ela está Alessandra. Pensando bem, a segunda sugestão pode não ser tão boa. Sua mina pode achar que você trocou o nome dela, pelo de outra Índia de alguma tribo que você anda fraquentando.

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Para aqueles que tiveram a ideia de “cancelar” Alessandra Negrini, Waleska Popozuda mandaria um beijinho no ombro pro recalque passar longe. Talvez, ela seja a Índia que vocês queiram copiar. Ela fecha com o bonde, ela tem disposição, ela não é covarde e está pronta pro combate. Ideológica e fisicamente falando. Aliás, que guerreira é essa, fera? Depois desta observação, quem corre o risco de ser cancelado sou eu. Em casa, pela “Índia” igualmente guerreira e bela, pela qual fui flechado, e por um grupo de ativistas radicais, que vão dizer que estou objetificando o corpo da mulher. Tempos cada vez mais difíceis na esquerda.

Conhecereis Alessandra Negrini e ela vos libertará! Alessandra acima de tudo! Fascismo abaixo de todos!
 

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