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Salvador Khurieh

Engenheiro civil e coordenador da Assessoria Temática da Liderança do PT/Alesp

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Construir os caminhos para a Palestina livre e soberana

Conclamamos a todas e a todos para que nos respeitemos, superemos as nossas discórdias e nos empenhemos em construir os caminhos para o diálogo e para a nossa união, sem o qual não sobreviveremos

Palestina (Foto: Sputnik)
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Plantar, fomentar e instigar discórdia e divergências entre inimigos é a mais eficiente arma de guerra. Custa pouco, evita cenas de terror e comoção e ainda permite aos inimigos construírem a sua versão da história e se apresentarem ao mundo como inocentes sem que jamais a verdadeira história seja contada e conhecida.

Por sua vez, divergências entre aliados é natural e legítimo. No entanto, na guerra há necessidade de que os aliados busquem o alinhamento a partir das convergências, sem o que, na prevalência das discórdias, o inimigo não precisará dispender esforços. Os aliados se derrotam! Na falta de estratégia na guerra, cada um segue em uma direção, e aí a derrota é certa.

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Os nossos inimigos souberam superar as suas divisões e as suas diferenças, sobretudo a partir da organização que culminou com o Primeiro Congresso Sionista, ocorrido na Basiléia, em 29 de agosto de 1897. Desde lá os nossos inimigos superaram as suas diferenças e se uniram em torno de um plano para assentar o seu estado em nossa Terra. E desde lá sofremos sucessivas derrotas.

Além das divergências e da discórdia que enfraquecem os aliados, a narrativa e a propaganda do inimigo são estratégicas e apagam, modificam e constroem a sua versão da história. Quantos sequer sabem do genocídio do povo armênio na segunda década do Século XX.

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E se os inimigos assassinos juntamente com seus colaboradores nos levassem aos milhares para a morte em câmaras de gás como fizeram com judeus pobres, talvez houvesse solidariedade por parte do mundo. Muitos hoje sequer sabem do que fizeram com o povo cigano, assim como não sabem que estão fazendo com os palestinos, lenta e cruelmente, o mesmo que fizeram com os armênios, com os judeus pobres e com os ciganos.

Se os inimigos assassinos sobre nós jogassem uma bomba atômica como fizeram em Hiroshima e Nagasaki, talvez ocorresse alguma comoção. Hoje, quantos simpatizantes e aliados dos assassinos sequer sabem do crime que cometeram e ainda os têm como defensores da democracia, da liberdade e dos direitos humanos.

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Não nos enganemos! Se não entendermos isso, hoje é a Palestina! Amanhã será a Jordânia, depois o Líbano, a Síria, o Iraque, até que concluam o seu plano.

A catástrofe Palestina sensibiliza o mundo! Mas a solidariedade ao Povo Palestino não tem sido suficiente para impedir que o império sionista, liderado pelos Estados Unidos e Israel, avance sobre as Terras Palestinas mantando pouco a pouco o seu Povo.

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Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas aprovou a divisão da Palestina em dois estados, quando ofertou a maior parte do território onde estava assentada a Palestina, sem o respeito e o consentimento do Povo Palestino, para criação em 14 de maio de 1948 do Estado de Israel.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 para estabelecer a proteção universal dos direitos humanos, mas, desde a sua proclamação vem sendo desrespeitada e violada, igualmente ao direito de existência de fato do Estado da Palestina, pelo império sionista que a cada instante expulsa e mata os Palestinos e ocupa as suas terras.

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A tragédia Palestina é a tragédia de todos os Povos! Não há maior insolência, desrespeito e agressão aos direitos humanos e à autodeterminação dos Povos do que o que ocorre contra o Povo Palestino.

A violação dos direitos do Povo Palestino e de existência de um Estado Palestino, de direito e de fato, Livre e Soberano, é a violação dos direitos de todos os povos, das mulheres, dos negros, dos índios, dos aborígenes, dos escravos.

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Para a tristeza da Palestina e alegria de seus algozes, a bomba atômica e a câmara de gás que nos matam lentamente estão entre nós! As nossas diferenças e a nossa divisão são as armas que nos enfraquecem e nos matam lentamente e à conta gotas.

É, pois, chegada a hora de refletir e de nos unirmos!

Enquanto nos dividimos entre que Palestina queremos, antes mesmo de sua existência de fato, os nossos torturadores e assassinos avançam sobre nós lentamente e à conta gotas.

Além de sufocar e matar aos poucos o Povo Palestino, ainda fazem o mundo pensar que os culpados pelas atrocidades à que estão submetidos são eles mesmos! A discórdia é a fraqueza que o inimigo precisa e quer para praticar sem alarde o genocídio palestino!

Enquanto não enxergarmos e entendermos isso, eles não precisarão jogar bombas atômicas sobre nós ou nos levar a câmaras de gás, e não precisarão mostras as suas verdadeiras faces.

Precisamos, pois, compreender que as nossas diferenças e a nossa divisão são a melhor e a maior arma do nosso inimigo! É imperativo baixar as armas entre nós, encontrar formas para o diálogo e para a superação das nossas diferenças, e nos unirmos em torno da causa maior por uma Palestina, de direito e de fato, Livre e Soberana!

Depois de a Palestina existir por direito e de fato, Livre e Soberana, discutiremos como queremos a nossa Palestina!

Não podemos apenas nos reunir anualmente para manifestar solidariedade ao Povo Palestino e não construir uma estratégia para que a Palestina exista de fato! As diferenças nos separam! A tarefa é hercúlea! As dificuldades são imensas! Os obstáculos são numerosos!

E enquanto isso, a violação dos direitos do Povo Palestino continua em marcha, sólida, impiedosa, constante!

Ou nos organizamos, resistimos e freamos a agressão que sofremos por parte do império sionista, ou brevemente não mais existiremos.

Conclamamos, pois, a todas e a todos para que nos respeitemos, superemos as nossas discórdias e nos empenhemos em construir os caminhos para o diálogo e para a nossa união, sem o qual não sobreviveremos!

Salve a liberdade e a paz para todos os Povos!

Salve o respeito à soberania de todas as Nações!

Salve a Palestina Livre!

Salve a Palestina Soberana!

*Texto lido na abertura do Ato em solidariedade ao povo palestino, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 11 de dezembro de 2019.

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