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Virgilio Almansur

Médico psiquiatra e psicanalista, músico e bacharel em direito, se dedica ao jornalismo e à ciência política

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Construir resistências

O significante, quando esvaziado, traz figuras como moros, hardts, bolsos

A juíza federal Gabriela Hardt em encontro com Sergio Moro, em foto divulgada no perfil dele em rede social em 2019 (Foto: Reprodução)
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Ontem, Simão Zygband, do nosso “Construir Resistência”, nos trouxe excelente arrazoado em pílulas condensadas acerca desse imbróglio que motivou matérias para dar conta do singelo lamento luliano por ocasião de sua nefanda reclusão, quando, deitado no cubículo que ensebou por 581 dias, desde abril/2018, fez natural alusão ao carrasco tosco e criminoso, nascido em Maringá. 

Concomitante ao desabafo daquele que faz cocô, xixi, chora, ganha, perde, enlutece, ama, se frustra e vez ou outra chega ao posto máximo de uma República, considerou os eventos das autoridades estatais sob ameaça como peça manipuladora daquele que mentiu, mostrou-se criminosamente suspeito, incompetente voluntariamente e armou junto ao MP de filhos ou não de januários, agressão ao Devido Processo Legal, bem como assalto ao Estado Democrático e de Direito, corrompendo o sentido que se busca de lisura no âmbito do Grande Direito, mas que a magistocracia perdulária e vendida houve continuar nas mãos desse juizeco que aprontara com youssefs e Banestado, de enorme tradição, os pródromos do consabido lawfare. 

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Naturalmente, escrevo sob improviso e “na lata”, sob inspiração imediata àquele material suscitador dos comentários correntes. E disse-o do excelente arrazoado do Simão, numa de suas postagens em nosso grupo, o CR. Mais: sugeri-lhe que o fizesse mais “com pequenas notas resumidas das semanas ou de cada semana…”.       

Não deixaria de ser “um must do jornalismo, construindo resistências…”! Foi o que acrescentei!

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Dei continuidade ao monólogo-comentário-sugestão, acrescentando algo que havia pensado em razão da entrevista do conje-conja, um rebotalho provinciano de perigosas atuações e que vêm desde Cascavel, quando, naquela maravilhosa cidade, muitos foram testemunhas das perversas atuações da dita cuja conja a promover, promiscuamente, o juiz que resolveria tudo (“eu moro com ele…”), fazendo de sua cadeira estatal um pré-escritório-advocatício com número de telefone em cartões distribuídos pela patroa… Telefone da Vara no Forum… Pasmem!!!

De pronto, percebi uma ratoeira à espera de vacilos, uma vez que, dessa gente que fez, usou e abusou, das franquias que a nascente magistocracia com elementos perversos e absolutistas concorreu, tudo se pode esperar! 

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Não há imoralidade maior do que a degradação de direitos! Isso o vemos e vimos nesses últimos tempos onde a desmontagem magistocrática (mesmo medieval) brasileira revelou-se às claras, haja vista que todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros, não é?!   

Alguns estão prontos até para quebrarem sigilos, independentes do rito a que devem servir…

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Não faltariam aqui alusões à microfísica do poder foucautiano, suas referências às clausuras e ménages à la Luis XIV. Daí sugerir acréscimos, ainda sob o viés de uma ratoeira introduzida por setores vários, que o mote à espera dessa situação nem se configurou e nem se configuraria como “moroxLula”, mesmo que sem expressão maior para o cenário atual, nem como peso diverso às disparidades acachapantes e dos semblantes que viriam um dia aparecer…

Mas disse: há algo subreptício se insinuando — e é o exercício algo autônomo de uma “frente ampla” conseguida nos bastidores dos anos 21/22 até 30/10/22, trazendo muito incômodo, uma vez que o poder ficou fluido e o governo é um só no cenário representativo…

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Essa amplitude, talvez inimaginada, que carregou personagens antagônicos para o Centro do Poder (apesar das idiossincrasias naturais), tem formado um “paredão” aos arroubos extremistas que tendem a minar nossa política por vezes “franciscana” e até ingênua…

O núcleo duro (hardt), como herança de um laissez-faire que foi — e continua!!! — expressão magistocrática que corrói valores do Estado de Direito e tão bem denunciados por Pedro Serrano, quando da denúncia de um autoritarismo líquido que usa medidas de exceção (o fez também às claras, o TRF-4), requereu emersão daquela vara criminosa, antro perigoso, corruptela dos porões ustrianos — mas como porão que aproximou leitões que chafurdaram na indignidade da notícia falsa e fácil, sem contraditórios e numa correia (direta) perversa até à bancada de bonners e renatas…

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Da gaveta CTRL+C/V, da biltre copia-e-cola assacando sigilos ao sabor personalista, dali está e pulula a prova de que o Estado vem dando guarida a inimigos que, assim identificados, foram construídos na destituição de suas personas, queridas ou não, discriminadas por outros valores que não aos princípios de que todos são iguais perante a Lei. 

O significante, quando esvaziado, traz figuras como moros, hardts, bolsos e quetais, que ficaram desprezados pela “estatitez” mítico-tosca como num circo de horrores a exemplo dos bonecos de cera exigindo vida…

O start conseguido no lampejo dessas ocorrências é (ou foi) sepultar a frente ampla, ampla demais — e que sufoca incautos que se viram exilados de suas próprias “convicções” como jornalistas mais opinativos em regime de midia fechada, até certo ponto anquilosada, sob babel ínsita em reclames e reclames (“reclame” é de minha época fossilizada) que acupam quase 25% de um conjunto de blocos de notícias como mais um bate-boca sem tanto valor. 

Em que pese essa abordagem com valor ou não noticioso (o Estado sob as ameaças de agentes criminosos, mais velho que a mãe do sarampo), algo prenunciava que o tal “paredão” precisava ser detonado, quando, na verdade, há sim um procurador na mira de grupos criminosos (não só pelo PCC), prática por sinal lamentavelmente corriqueira…

Insisto: o foco não é Lula em si! O foco é a ampla construção política, o leque de oportunidades às variáveis ideológicas que se constituíram na luta de sustar mecanismos de exceção mas que ainda são tão sedutores e desafiam normas…

Gerar cismas nas hostes governamentais, que carregam a frente ampla mais ampla do que esperada e que gerou “reseva de mercado” à investida dos inúmeros setores (inclua-se o empresarial batendo à porta da entourage lulista no afã de vender, comprar, negociar e se expandir) que sob a nominal chamada inicial de 240 ultrapassou 300 postulantes é, me parece, o que mais chamou a atenção das hostes reacionárias com compromissos que uma Ávarez&Marsal “denunciou”, deve sim ser pensada como ainda presente entre nós…

A cara da maritaca e congêneres de Maringá é: “— E eu???”, servindo não só para os propósitos congressuais — mas àqueles que, dispersos na frente amplíssima, não terá tempo para “atenções” específicas…

Todo ser, montado e fundado em si mesmo, não tem outro recurso a não ser esperar ser revisitado pela condição sígnica de um pretexto atual, uma vez que mítico, derrete em museus. 

A maritaca limitada chegou a insinuar, no período das possibilidades amplas, apresentar-se republicanamente. Foi um desastre e, com ele, todos aqueles que se aventuraram a uma casquinha, pereceram; como Santos Cruz, o general candidato que ainda não se explicou acerca e seus tentáculos em CACs, Adélio e Juiz de Fora… Lembram?

Muitas peças ficaram tão somente decorativas pelo caminho. O próprio miliciano mor está à espera de uma varinha de condão que o alce a pretenso protagonismo…

O preço do significante vazio é intraduzível eis porque vazio… Até na seara marginal, corrupto-republicana, o que se espera é destreza; daí pergunto: como significar algo autêntico se a utilidade é faltosa?

A frente ampla, sem o saber, desmontou mitos! 

Sobrou-nos o mito babélico, arcaico, um suporte semântico de possibilidades para caracterizar fenômenos novos como a modernidade que chegou-nos intrusivamente…

A atomização tecnológica surpreendeu — e as várias “línguas” se encontraram na subida e descida dessa Torre que se esperou alcançar os céus…

No pouco tempo de 13/14/16/18 para cá, a própria mídia se viu “traída” pelo choque cultural (ou de culturas) que uma globalização exigiu. 

É a frente ampla que se quer derrubar, um muro ainda necessário que não exige qualquer glasnost…

À conferir…

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