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Laís Vitória Cunha de Aguiar

Aos 16 anos passou a escrever para a ONG australiana Climate Tracker, que treina jovens para serem jornalistas climáticos, e com isso publicou para a EcoDebate e outros meios de comunicação. Participou dos Jornalistas Livres como freelancer e por um ano do Mídia Ninja. Publica eventualmente no Brasil 247 e Brasil De Fato. Formada em Línguas Estrangeiras Aplicadas ao Multilinguismo no Ciberespaço e coordena o Parlamento Mundial da Juventude no Brasil.

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Contagem regressiva para o WYF 2024, em Sochi

Oportunidade de conhecer um grande e importante país de perto, com atividades e debates que vão se aprofundar sobre as questões políticas e culturais da Rússia

(Foto: fest2024.com/en)
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O Festival Mundial da Juventude (WYF), é um evento internacional de histórico socialista (o primeiro WYF foi realizado na União Soviética, em 1947), tendo sido realizado majoritariamente na Rússia (e antiga URSS). As inscrições serão encerradas hoje, meia-noite. 

No entanto, informações adicionais requeridas pelo processo seletivo (texto, vídeo, portfólio) podem ser adicionadas até o dia 7 de dezembro. O evento será realizado entre os dias 1 e 7 de março de 2024, em Sochi, nas instalações das Olimpíadas de Inverno de 2014. Os organizadores irão cobrir a hospedagem e alimentação para os jovens que forem selecionados, no entanto a passagem até a Rússia é por conta própria. 

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É possível encontrar essas informações e muitas outras no Instagram do comitê brasileiro para o evento. De acordo com o presidente da comissão, Iago Montalvão, “O Festival Mundial da Juventude é uma grande oportunidade para os jovens brasileiros poderem viver uma experiência inédita. Primeiro porque poderão conhecer um grande e importante país de perto, e com atividades e debates que vão se aprofundar sobre as questões políticas e culturais da Rússia. Mas também é um espaço para conhecer outros jovens do mundo todo, criar conexões, trocar experiências, aprender sobre inúmeras outras realidades, é realmente uma chance única.” 

Pessoalmente, participei do Festival em 2017, e devo concordar com Iago: foi de fato uma experiência que transformou a minha vida. Para começar, é possível fazer um percurso regional, e você pode escolher o local de acordo com o tema de sua preferência. Nem todos foram para suas primeiras opções, mas qualquer outra cidade que seja possível conhecer de forma mais profunda é uma excelente oportunidade. 

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Eu fui até Kaliningrado, minha primeira opção, pois tivemos uma palestra sobre jornalismo, que era justamente o foco que queria. Foi bem interessante ouvir o relato sobre o que era ser jornalista ao final da União Soviética, mas o que mais me interessou foi ir a uma escola modelo e entender os projetos que eles desenvolvem para os jovens e com os jovens. A perspectiva de independência, tanto acadêmica quanto na estruturação dos projetos, me surpreendeu. 

Para começar, nós só nos relacionamos com os voluntários e coordenadores dos países e América do Sul, sendo que todos eram jovens russos, a maioria mulheres. Essa não foi a única vez que vi isso, porém foi a primeira vez que comecei a questionar o quanto nossas universidades dão de independência para os jovens, e o quanto isso poderia ser positivo para a criação de novas relações, de novas visões para as próprias universidades. 

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Depois de sairmos de Kaliningrado fomos a Sochi, que é o principal palco para o festival, tanto em 2017 como agora. Sochi é um mundo à parte, com montanhas e neve, mas também com praia e sol. O complexo olímpico fica perto da praia, porém é possível enxergar as montanhas de lá também. 

Foram muitas nacionalidades presentes, o que realmente foi uma benção para alguém tão comunicativa como eu, e que ao mesmo tempo queria muito conhecer outras nacionalidades e suas experiências de vida, o que fiz com todo prazer.

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Alguns desses contatos me tocaram de forma mais intensa, e até ampliaram minha rede de contatos na América Latina. Em todos os almoços e jantas sentava com pessoas de diferentes países, o que se tornava uma experiência cultural interessante. 

Em um almoço em específico, sentei com um jovem palestino e uma jovem da Slovênia, ambos vivenciaram guerras em suas jovens vidas, e ver o quão próximos eles se tornaram ao compartilhar essas experiências foi algo dolorido: ambos precisaram deixar suas terras, ambos descreveram dias de bombas, dias de perdas. 

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No entanto, esses momentos me ensinaram muito sobre a humanidade no geral, talvez muito mais do que qualquer outra viagem que tenha feito depois. Também conheci artistas de vários locais da América Latina, como Peru e México, vi filmes russos, várias competições científicas acontecendo ao mesmo tempo. 

Ao final, aqueles que como eu foram para a experiência regional, que acontecera ao começo do Festival, tiveram direito de ir ao show final, que foi em um dos estádios. O show em si teve vários intérpretes, especialmente de rock, e alguns dos voluntários foram selecionados para dançar ao redor do palco, que era circular. 

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No entanto, o que mais me surpreendeu foi o momento da saída, em que milhares de jovens cantaram juntos músicas tipicamente russas, como Katyuska. Acredito que é muito simbólico terminar o texto com o relato desse momento, que simboliza união e esperança da juventude russa, o que tenho certeza que também veremos no festival do ano que vem.

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