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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

620 artigos

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Coronavírus fortalece o socialismo

(Foto: Reuters)
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Nova realidade global

A demanda da sociedade por saúde aumentou incalculavelmente com o coronavírus; trata-se de pandemia, como disse a OMS, que eleva a exigência social por mais gastos e não menos com os setores sociais; estes estão congelados com  a emenda constitucional 95/2016, aprovada pelos golpistas neoliberais, que impuseram, sem consultar a população, programa econômico de arrocho total sobre salários e de privatização, para diminuir o tamanho do estado, de modo a favorecer setor privado; conter o PIB público, para expandir o PIB privado, passou a ser a máxima neoliberal que jogou a economia na era glacial; o resultado foi diminuição dos gastos com saúde, que, agora, não tem recursos para enfrentar o coronavírus, cujas expansão é incontrolável; a exigência da sociedade para o social avança na social democracia como ponte do futuro socialista; essa virou demanda fundamental para enfrentar as pandemias da saúde e da economia, incapazes de oferecer serviços públicos, porque o compromisso preferencial do governo neoliberal bolsonarista é com a iniciativa privada; o que fazer, agora, se a iniciativa privada visa, sobretudo, o lucro e não o interesse social?

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Na França, por exemplo, o presidente Macron deu tranco no programa de privatizações, que agrava a situação econômica, concentrando renda; defende maior oferta de crédito a custo zero ou negativo para os agentes econômicos e renegociação de dívidas, para aumentar capacidade de consumo, como fator preventivo ao enfrentamento do coronávirus; ele ataca os mais fracos, desnutridos e velhos; os olhos dos governantes se voltam para o social, em primeiro lugar; trata-se de realpolitik; se forem intensificados ajustes fiscais, como Paulo Guedes defende para o Brasil, desestruturando economia e sociedade, os governos conservadores direitistas perderão eleições; Macron, portanto, olha, preferencialmente, o avanço da demanda social e tenta socializar o discurso neoliberal, para enfrentar as batalhas políticas em tempo de pandemia virótica.

O socialismo fortalecido, nesse contexto, potencializa o poder do estado, chamado, pelas pressões políticas emergentes, a exercitar, preferencialmente, tarefas sociais, proteger e preparar a sociedade para circunstâncias novas e novos desafios emergentes; novos paradigmas econômicos e políticos estão sendo forjados pelo novo coronavírius; na economia, a ordem é enterrar o neoliberalismo, veneno que mata demandas sociais, e elevar a oferta de na circulação para puxar o consumo e atividades produtivas que elevam arrecadação e investimentos; na política, a prioridade número é conter o coronavírus com maiores gastos em saúde; o ponto de vista político social emergente exige avanço social democrático como ponte para socialismo, quando mais avançam os debates em ano eleitoral.

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Emergência total

O programa emergencial da oposição, lançado esse semana, no fogo da crise, foca supressão do teto neoliberal de gastos; enquanto os governantes mais ricos elevam os gastos, adotando políticas fiscais e monetárias mais flexíveis, por aqui, segue-se o caminho oposto; Guedes quer aprofundar reformas neoliberais, que reduz, ainda mais, poder de compra dos salários; agrava, em vez de minorar a crise; a visão socialista se amplia para o lado oposto:  mais recursos para salvar vidas ameaçadas pelas restrições orçamentárias neoliberais; radicalizar o discurso pela sociedade, educação, segurança, saneamento básico etc, é norte socialista.

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O programa emergencial da oposição entrou em cena e já começou a fazer efeitos; o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, sob pressão da oposição e da situação capitaneada pelo Centrão, mudou de posição; ataca Guedes de incompetente; significa que a pauta neoliberal do ministro porta voz do mercado financeiro em colapso; o norte dado pelo neoliberal Macron é mudar de posição e aprofundar discurso nacionalista; a Europa segue com pressões sobre Banco Central Europeu para abrir as burras a juro zero ou negativo; nos Estados Unidos, Trump, idem, dobra aposta na proposta nacionalista de barrar entrada, no país, de produto estrangeiro, potencialmente, contaminado.

Proteger social virou prioridade total de Trump, para disputar segundo mandato; Bernie Sanders, da mesma forma, reafirma sua pauta nacionalista-socialista, defendendo, para os Estados Unidos, um SUS brasileiro; atender prioritariamente a população incapaz de suportar custos de saúde privada é a arma de Sanders, para ganhar de Joe Binden e disputar com o republicano Trump; a pregação do estado, que Paulo Guedes, insiste em fazer, não ganha eleição; a pregação do estado mínimo, que agrava a situação social, perdeu gás diante da ressurreição do socialismo, bombado pelo coronavírus.

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