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Matheus Brum

Mineiro de Juiz de Fora, jornalista e escritor

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Coronavírus: o maior desafio da história do SUS

O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, divulgado na tarde desta terça-feira (17), mostra que 291 casos foram confirmados do vírus em todo o país. 8.819 estão sendo investigados. Infelizmente, a primeira morte pelo coronavírus foi registrada, em São Paulo

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O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, divulgado na tarde desta terça-feira (17), mostra que 291 casos foram confirmados do vírus em todo o país. 8.819 estão sendo investigados. Infelizmente, a primeira morte pelo coronavírus foi registrada, em São Paulo. 

O desafio para conter a pandemia é gigantesco. Na Europa, os países buscam, diariamente, uma forma de conter o avanço do vírus. Medidas de restrição de abertura de comércio e do ir e vir das pessoas estão sendo adotadas. Só que, ao que tudo indica, não tem surtido efeito. O vírus avança, matando centenas de pessoas por dia – a Itália, por exemplo, está com média de 300 mortos a cada 24 horas. Um número assombroso!

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Como era de se imaginar, a doença chegou no Brasil. De forma devagar. Em relação ao tamanho da nossa população, são pouquíssimos casos confirmados. Entretanto, ao olhar para a evolução da doença, dá um certo receio do que pode acontecer no país. 

E aí entra o tema do texto de hoje: a importância do papel do SUS no combate ao coronavírus. Desde que foi criado, o Sistema Único de Saúde é alvo de severas críticas por parte da população. Mesmo sendo reconhecido internacionalmente como um dos melhores modelos de saúde pública do mundo, o SUS não consegue atender os pacientes da forma como eles esperam. Filas, demoras para conseguir consultas e cirurgias, e falta de infraestrutura são os pontos de maior reclamação. 

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Entretanto, com a pandemia, o SUS veste a camisa 10, a faixa de capitão e entra em campo com a responsabilidade de conduzir o país em busca de vitória: eliminar o corona com o menor impacto possível para a população, principalmente aquela que se encontra nos grupos de risco. Em todos os telejornais, que exaustivamente cobrem o avanço do vírus, a resposta dos gestores municipais, estaduais e federais é a mesma: o SUS está pronto para o combate!

São mais de cinco mil hospitais preparados em todo o território nacional para atender os pacientes – dados mostram que 75% dos brasileiros dependem do SUS; kits para detecção da doença estão sendo distribuídos e comprados, e leitos estão preparados para receber os doentes. A pergunta que fica é: as medidas darão conta?

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A resposta automática, principalmente para os críticos, é “não”. Entretanto, é difícil prever. Depende de como os casos irão evoluir. Atualmente, estão sendo registrados em pessoas jovens – 50% com menos de 40 anos – e de classe média/alta. No entanto, se o vírus começar a frequentar as áreas de vulnerabilidade social, aí o stress – como definido pelo Dr. Dráuzio Varella – será muito maior. E o sistema pode colapsar. 

Por isso é necessário que a população entenda os riscos da doença. Vejo o brasileiro muito tranquilo, mas não da maneira positiva. E sim de uma forma debochada, desleixada, como que se desacreditasse do perigo do coronavírus e dos impactos na vida de cada um. 

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Se todo mundo colocar a consciência no lugar, o SUS dará conta de atender a todos e conter o avanço da doença, com poucos mortos e pequenas sequelas. Entretanto, se não houver este cuidado, o sistema pode colapsar. É preciso que as pessoas saibam a hora de procurar a Unidade Básica de Saúde do bairro e a hora de ir até o Pronto Atendimento ou Pronto Socorro. Este conhecimento ajuda a evitar filas desnecessárias e a aglomeração de pessoas – que deve ser evitada a todo custo – na porta das UBSs e PAs. Por isso também é preciso que as instâncias municipais façam trabalhos de conscientização entre os moradores, para orientar como proceder em cada caso. 

O desafio é gigantesco. Principalmente no cenário de problemas fiscais, limite de gastos públicos e um presidente que “dá banana” para a saúde da população. Se todos se unirem, dá para sair dessa com a população e o SUS ainda mais fortes, mostrando ao mundo a importância da saúde pública de qualidade. 

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