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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Corrupção acima de tudo. Família e amigos acima de todos

Este governo atual acabou com nossa reputação em três anos. Somos párias. Somos virulentos e que ninguém quer ver perto. Bolsonaro tornou-nos indesejáveis

(Foto: ABr)
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O Brasil já foi um amor proibido no passado. Carmen Miranda era ovacionada como uma mulher exótica de um país exótico. Tinham curiosidade e tentavam algum amor secreto com o país. Depois, nossos compatriotas despertavam paixões de atrizes internacionais. Como não se esquecer de Tarso de Castro, Candice Bergen ou Jorge Guinle e Rita Hayworth. Dizem que Marilyn Monroe namorou alguém de Niterói. Faltam provas. O fato é que sempre fomos bem quistos no mundo até o ápice do Governo Lula e o charme de Gilberto Gil na ONU. Este governo atual acabou com nossa reputação em três anos. Somos párias. Somos virulentos e que ninguém quer ver perto. Bolsonaro tornou-nos indesejáveis. Somos a Bete, a feia. 

O presidente conseguiu acabar com tudo, e não existem cinco medidas feitas que beneficiem o país. Como se não bastasse o fiasco do ENEM no país e o comando de um terrivelmente evangélico negacionista, temos a notícia de corrupção de milhões para fabricação das provas. Para quem antes se esbaldava dizendo que não havia corrupção em seu governo, por isso a extinção da Lava-Jato, temos um presidente que já diz que não tem como impedir corrupção. Como se não bastasse a ala ideológica estar tentando distorcer fatos históricos na prova, intervenção militar nas escolhas de questões, do fracasso em ter um grande número de inscritos, temos o preço da inscrição do revalida prova prática que era 330,00 reais e passou a custar 3.330,00 reais. Um aumento de 1000%. O INEP passou a ser um balcão de negócios.

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A Polícia Federal fez operação no INEP para apurar superfaturamento de R$ 130 milhões em impressão de provas do Enem. Houve busca e apreensão para apurar contratos firmados junto a gráficas responsáveis pela impressão das provas do Enem. A debandada que houve pouco antes da aplicação da prova teve muitos ingredientes de pressão por parte do governo e a real possibilidade de corrupção, como está sendo vista nesse momento. Amanhã, estarão todos exonerados pelo governo, provavelmente, para afastar as possibilidades de gerar insatisfação maior com Bolsonaro, justamente no período de eleição. Auditoria do TCU/2018 apurou a suspeita de direcionamento de licitação na contratação de gráficas do ENEM. Vélez soube da denúncia, exonerou o Presidente do Inep e passou a ter reuniões na Casa Civil. Logo depois, Weintraub tomou posse do Ministério da Educação, mas o crédito pode ser dele.

É bem verdade, que temos problemas de licitação com essas gráficas por causa do valor atribuído. A modalidade atual é a aparelhagem de todo sistema para que o enriquecimento ilícito não seja pego. Assim como vemos a trajetória de enriquecimento de empresas para lidar com vacinas no período da pandemia, do governo Bolsonaro. Bolsa família, prouni, enem, fies, todas as boas escadas que permitem alguma ascensão social e mobilidade  foram destruídos nos últimos anos, a começar pelos ministros da educação na gestão de Ricardo Vélez que enfrentou a máquina bolsonarista que queria tomar conta da administração do MEC, o professor Carlos Decotelli que mal assumiu por causa de seu currículo falso, o atual pastor evangélico Milton Ribeiro e o pior ministro da história, com o ideólogo de extrema direita, Abraham Weintraub, que teve que sair correndo do Brasil.

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A verdade é que não se tem nesse momento uma política pública para o ensino no país. Houve um aparelhamento do MEC e a intenção, em longo prazo, é mexer no ensino básico. As ambições são mexer a história do golpe de 1964, voltar a MORAL e CÍVICA e introduzir a religião acima da ciência. 

Bons tempos em que o amor era a tônica em nosso país e não o ódio. 

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