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Covid-19 e vitamina D

Organizações governamentais de controle da saúde e as sociedades científicas do Brasil e dos EUA não consideraram válida a implantação de medidas voltadas

Teste de covid-19 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Em 23/11/2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou dados atualizados sobre o número de casos e o número de óbitos da Covid-19 (https://data. who.int/dashboards/covid19/ cases?n=c), cuja pandemia ainda não reconheceu como finda. No mundo, o número de casos de Covid-19 foi de 778.956.825 e o número de óbitos, 7.103.462, sendo 0,91% a taxa de letalidade (TL). Nos dois países em que se registraram o maior número de casos (NC) e o maior número de óbitos (NO ) por Covid-19, a saber, EUA e Brasil, o NC, o NO e a TL foram os seguintes: – EUA: - NC: 103.400.000; - NO: 1.200.000; - TL: 1,16%; – Brasil: - NC: 37.900.000; - NO: 704.000; - TL: 1,85%. Nesses dois países não foram adotadas medidas oficiais com a finalidade de aumentar a concentração no sangue de vitamina D3 que pudessem promover sua elevação a nível protetor, em termos de imunidade. As organizações governamentais de controle da saúde pública e as sociedades científicas do Brasil e dos EUA não consideraram válida a implantação de medidas voltadas: (a) para o incentivo da prática rotineira de adequada exposição à luz solar; (b) para a suplementação, por via oral, com o colecalciferol (precursor da vitamina D3), sob supervisão médica e/ou (c) para a adição de vitamina D3 a alimentos selecionados consumidos no dia a dia da população.

Comparando a taxa de letalidade, em porcentagem (NO Χ 100 NC), observada em países cuja população é considerada grande ou muito grande, com a adoção (ou não) de medidas de saúde pública que estimulam o aumento da concentração no sangue de vitamina D3 – promovendo a potencialização das funções da imunidade e a diminuição acentuada de casos graves de Covid-19 e, como consequência, impedindo a morte por essa doença –, obtive as taxas de letalidade por Covid-19 que são apresentadas a seguir, separando os países em dois grupos: 1. Aqueles em que foram adotadas medidas cuja finalidade era a de promover o alcance de concentração no sangue de vitamina D3 em nível protetor, em relação às funções da imunidade inata (ACSVD3NP); 2. Aqueles em que essas medidas não foram implantadas.

Foram as seguintes as taxas de letalidade (menores que 0,5%) observadas em países que adotaram medidas para o ACSVD3NP: – China: 0,12%; – Nova Zelândia: 0,16%; – Austrália: 0,21%; – Japão: 0,21%; – Holanda: 0,26%; – Israel: 0,26%; – Dinamarca: 0,28%; – Suíça: 0,31%; – Noruega: 0,38%; – França: 0,42%. Taxa de letalidade muto baixa (0,13%) foi registrada num pequeno país (população de aproximadamente 3 milhões de habitantes), o Catar, onde a Saúde Pública implantou medidas oficiais rigorosas para o ACSVD3NP.

Em países com população grande que não adotaram as medidas para o ACSVD3NP, foram observadas as seguintes taxas de letalidade: – Brasil: 1,85%; – EUA: 1,16%; – Reino Unido: 0,92%. No Brasil, a TL da Covid-19 foi 15,4 vezes maior que a TL registrada na China.

No livro que acabo de publicar, intitulado “Imunidade inata: A grande negligenciada durante a pandemia de Covid-19 – Injustificável menosprezo à homeostase da vitamina D3”, analiso as consequências decorrentes da deficiência de vitamina D3 que acomete mais de 50% da população mundial (> 80% dos idosos), uma verdadeira pandemia de hipovitaminose D, resultante de dois fatos: 1. A maioria das pessoas deixou de expor-se à luz do sol (fonte natural desse hormônio), em período do dia e durante tempo apropriados; 2. Essa população, em grande maioria, não recebe adequada suplementação oral de vitamina D3, sob orientação médica. Com a carência de vitamina D3 que atinge grande parte da população, a imunidade inata deixa de atuar com toda a sua potência e a suscetibilidade a vários tipos de infecção, sobretudo as infecções respiratórias (não só a Covid-19) sofre aumento exponencial, favorecendo a ocorrência de surtos de moléstias (sobretudo do aparelho respiratório), responsáveis pela sobrecarga periódica dos serviços de atendimento médico (prontos-socorros, unidades básicas de saúde, UPAs e hospitais). Nesse livro, fazemos um apelo para que os gestores de saúde pública passem a preocupar-se urgentemente com a correção da deficiência de vitamina D3, implantando medida extremamente efetiva para a promoção da saúde de toda a população.

No FECHO do livro , faço duas breves afirmativas:

1. Sem levar em conta os benefícios adicionais da conduta a que fizemos referência em vários ca­pítulos deste livro – a de manter atuantes em sua máxima potência as funções da imunidade inata –, número incalculável de seres humanos não teria apresentado forma grave da Covid-19, nem teria morrido por essa doença, se tivesse sido adotada – em âmbito mundial – intervenção médica sim­ples, eficiente e segura, com o objetivo de garantir a homeostase da vitamina D3.

2. O principal objetivo do preparo e da publica­ção deste livro é o de fundamentar e evidenciar, do­cumentadamente, a importância e a urgência de a Saúde Pública brasileira – com o apoio das socieda­des médicas e da mídia progressista – viabilizar, por meio de estratégias bem delineadas, a implantação de programas destinados a promover o alcance e a manutenção da concentração sérica de vitamina D3 acima de 50 mg/mL (entre 50 e 80 mg/mL) na popu­lação geral, por meio de adequada exposição à luz solar ou por intermédio de apropriada suplementa­ção com o colecalciferol, por via oral, sob supervi­são médica.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.