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Sandro Cezar

Presidente licenciado da CUT-Rio

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Crimes de responsabilidade de um neofacista. Sim, a hora vai chegar

A violação das leis e da própria Constituição já são elementos que justificam a necessidade de revisão de tudo o que vier acontecer nesse triste contexto histórico que vivemos

(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados | Agência Brasil)
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Como tudo muda tão rápido, lembro das ruas cheias defendendo a cassação de uma presidenta da República que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Naquela altura, o Supremo Tribunal Federal foi partícipe do circo de horrores, impedindo até a posse de um cidadão brasileiro como Ministro da Casa Civil, pois isso poderia interromper o golpe que estava em andamento. 

Qual país saiu daquele indecoroso momento histórico?

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Na sequência, tivemos a destruição da CLT, com ataques aos direitos dos trabalhadores e depois o desmonte da Previdência. O que nos falta como povo e como Nação é a vontade de uma geração legar ao futuro sempre um país melhor.

Hoje em um exercício de imaginação, penso no que contaria aos meus antepassados se os encontrasse nas ruas. Certamente, diria que deixei que acabassem com as conquistas dos trabalhadores, lutei mas não fui capaz de defender estes país que herdei.

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A nossa história não é de um povo manso e que não luta, como nos tentam fazer acreditarem as elites. O nosso povo é refém de tristes páginas da servidão do homem pelo homem, do mais infame comércio de seres humanos que já tivemos notícias. Foram milhões sequestrados de suas terras para fazer riquezas dos outros além mar.

A liberdade ainda não raiou, pois vivemos em um país que o racismo ainda é uma nódoa presente no tecido social. Com alegria, confesso, contemplei a informação de que os estudantes negros e negras pela primeira vez na história já são mais de 50% nas Universidades. Mas a notícia amarga da vez é a que trata da privatização das Eletrobrás e dos Correios, empresas que falam forte à brasilidade. Os nossos liberais fazem ode ao grande irmão do Norte, ou EUA, mas por lá nunca foram privatizados os serviços postais dos Estados Unidos. Detalhe: a empresa norte-americana tem quase 500 mil servidores públicos, pelo menos quatro vezes mais do que os Correios do Brasil.

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O neofacista que ocupa a cadeira de Presidente da República recebe no Palácio do Planalto representantes direto do nazismo alemão. Antes, Ministros já haviam copiado e divulgado textos de citações de figuras do Terceiro Reich. Fico imaginando o que diriam os nossos expedicionários da FEB sabendo que fascismo já não corre solto nos campos da Itália, mas hoje faz do Brasil seu principal expoente no mundo. 

Foi criada no nosso país uma espécie de República das Bananas extemporânea. O presidente já disse que não teremos eleições, já afirmou que as Forças Armada pertencem a ele, disse que só haverá eleições se for do seu modo, ofendeu ministros do STF à luz do dia. E segue o baile.

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Em qualquer nação do mundo a oposição não aceitaria mais participar das votações do Congresso enquanto não cessassem as agressões às instituições democráticas. Não se pode viver no mundo do faz de conta: ou se para o facínora agora ou será tarde.

Bolsonaro já não detém legitimidade para governar o Brasil. É um insano, ou um criminoso que mina dia a dia a própria República. A democracia não sobrevive aos ataques, pois já perdemos a conta de quantas vezes as instituições foram ameaçadas pelo presidente e por seus ministros militares. Isso viola frontalmente a Carta da República, que, pôs fim à ditadura, mas que agora assiste aos seus filhotes governarem o Brasil. Morreu a Nova República. 

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Oficiais Generais se locupletam com super-salários, são promovidos às escondidas ao cargo de Marechal, cabo faz negociata de milhões de vacinas. Vivemos o Brasil dos larápios fardados. Não podemos aceitar aprovações de emendas a Constituição em um Estado de total anomalia política. Privatizações realizadas a toque de caixa, sem debate público. O patrimônio entregue. Não vivemos dias normais.

A banalização das ameaças coloca em dúvida a soberania dos mandatos parlamentares, as decisões do judiciário, a independência dos poderes, pois claramente temos uma República sob a ameaça das armas. 

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Nenhuma decisão tomada neste cenário em que vivemos poderá ser considerada legitima, portanto, devemos desde já cobrar compromissos de quem se diz democrático, com a revisão de tudo que for feito neste período de semi-autoritarismo.

A violação das leis e da própria Constituição já são elementos que justificam a necessidade de revisão de tudo o que vier acontecer nesse triste contexto histórico que vivemos. No mundo, não há mais lugar para regimes de exceção. Quando tudo isso acabar, os responsáveis precisam ser levados aos bancos dos réus para serem responsabilizados pelos seus crimes. Responderão desta vez, com nunca aconteceu. Bolsonaro diz que a hora vai chegar. Sim, aguardamos ansiosos a hora do Brasil promover o encontro de ditadores não com a história, mas com as leis.

Não podemos viver sob ameaças. Todo homem já nasce livre!

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