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Dimas Roque

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Crônica de Maria, a Bonita

Maria de Déa era a mesma que ficou conhecida como Maria Bonita

Em seu centenário, Maria Bonita ganha estudo (Foto: Divulgação)
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Eu sou das terras do Nordeste, sou do canto onde nasceu Maria Gomes de Oliveira, Paulo Afonso no Sertão da Bahia, mulher formosa arretada que chamava a atenção de quem a conhecia. Ela foi casada com José Miguel da Silva, sapateiro das bandas de Santa Brígida. 

Pois agora eu vou contar que Maria de Déa era a mesma que ficou conhecida como Maria Bonita. Corajosa, foi ela a primeira mulher a entrar no Cangaço, após Virgulino Ferreira, o Lampíão se enrabichar por tão formosa flor. 

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Bateu perna com seu novo marido, temido pelas bandas de cá. Andou pelo raso da Catarina de “parabelo” na mão. Enfrentando a volante, cuspindo fogo nos que se metessem em seu caminho. 

Percorrendo os sertões, sob o sol escaldante, Maria Bonita e Lampião, num romance constante, no Cangaço, juntos, enfrentavam os desafiantes, mas no coração, ansiavam por algo mais importante, era o amor que brotava a cada instante. 

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Ela era valente, destemida e audaz, uma cangaceira, de fibra e capaz, já Virgulino, o Lampião, com seu olhar sagaz, juntos, sonhavam com um futuro mais veraz. Não esperavam eles, que um dia pudessem tombar em um ataque sorrateiro. 

Nos lampiões acesos, na madrugada serena, sob as estrelas brilhantes, a lua amortecia, toda aquela fúria, com esperança amena, poderia ter deixado o Cangaço e construir uma vida plena. Mas o amor e a dor caminharam juntos até os últimos momentos. 

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Em cada emboscada, em cada peleja, Maria Bonita, com graça e com beleza, e Lampião, com sua força e destreza, faziam história, na luta no cangaço não tinha moleza. Eram balas pra todos os lados, punhais que cortavam o vento, e Maria com seu sorriso, viveu cada momento. 

Maria e Virgulino, era pura paixão a pulsar, no coração, no acalanto das noites, lado a lado, viveu um sonho sem um futuro, ao som do fole animado, sob o céu estrelado. 

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E assim, nessa saga, destemidos a lutar, viveram o Cangaço a persistir, sem se abalar, mesmo no sertão, na poeira e no calor, o amor deles brilhava, com esplendor, e no coração, o amor foio motor, que fez Maria tombar. 

Assim, nesta história da bravura e paixão de Maria e Lampião, não havia espaço para sonhar com um lar, um doce rincão. Cá no sertão nordestino, onde a vida é rude, eles seguiram firmes, com atitude, aonde o caminho era longo e grosseiro, morreram abraçados para sempre, está foi a atitude. 

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E assim, a história de Maria de Déa, que virou Maria Bonita só após a sua morte, a mulher que entregou sua vida ao cangaço por amor a Lampião, é lembrada nas palavras populares do sertão. Ela foi uma guerreira corajosa, uma cangaceira destemida, e seu amor, eternamente gravado na memória nordestina, vive para sempre no coração do povo. O sertão ainda ecoa com o nome de Maria Bonita, a rainha destemida do cangaço, que provou que o amor pode ser a mais forte das armas no mais árido dos territórios.

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