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Chico Vigilante

Deputado distrital e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF

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Custo de vida pela hora da morte

(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
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Por Chico Vigilante 

O Brasil vive uma terrível crise, ou melhor, algumas crises terríveis. Há a crise política, com um presidente despreparado que passa a maior parte do tempo brigando com o Poder Judiciário, talvez por medo das investigações e processos que o atingem e os seus filhos.

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Há a crise sanitária, com quase 600 mil mortos, outros tantos sequelados e familiares enlutados, pela falta de coordenação nacional no combate à pandemia e os discursos e atitudes negacionistas que tantas confusões causaram e causam.

Acrescente-se a crise ambiental, que arrebenta nossa imagem no mundo e atinge a biodiversidade tão rica que é um dos patrimônios do país.

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Para os trabalhadores, duas grandes crises atingem a dignidade e a esperança dos que dependem de seu trabalho (ou da aposentadoria ou pensão) para viver. A crise do emprego, que faz com que cerca de 30 milhões de pessoas e seus dependentes estejam na condição de desemprego (14 milhões), subemprego (10 milhões) e desalento (6 milhões). Sem renda ou com renda insuficiente, muitos na condição de fome e perdendo o teto.

Outra crise que atinge duramente os trabalhadores é a inflação, que retoma com força, passando de 10%, na apuração do INPC/IBGE - 10,42% em agosto. Uma carestia nesse patamar já é suficiente para abalar a vida de milhões, pois a perda de poder de compra é sentida a cada mês pelas famílias. Pior ainda para milhões de servidores públicos, há anos sem reajuste e convivendo com a alta do custo de vida. 

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Mas a coisa fica ainda mais feia para quem ganha menos, pois os alimentos, o gás de cozinha e os combustíveis estão no núcleo dessa inflação. Se o índice geral é de 10,42%, nos doze meses passados, alimentação e bebidas subiram 14,8% e quando se verifica alimentação no domicílio, 17,06%. O arroz subiu 32%, macarrão 12%, fubá, 31%, carnes, mais de 30%, frango, mais de 25%, combustíveis, mais de 20% e o nosso gás de cozinha, 31%. 

Tudo isso é média, ou seja, subiu mais em alguns estados e menos em outros, mas a alta está sendo sentida em todo lugar.

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Os mais pobres e a classe média assalariada gastam boa parte de seu orçamento com alimentos, aluguéis, gás de cozinha e gasolina (quando tem carro). Portanto, a inflação de 10,42% torna-se bem maior, e para muitos é de 20% para cima, pois o básico subiu mais que os produtos em geral. 

E as pessoas se indagam o porquê de tudo isso. O principal motivo é que o governo não tomou nenhuma medida para combater a inflação. Deixou o dólar subir, apesar o país ter 350 bilhões de dólares em reservas internacionais, cuja utilidade é justamente evitar que o dólar suba tanto. Foi para isso que o ex-presidente Lula constituiu esse colchão. Lula assumiu o governo com apenas US$ 40 bilhões no caixa do Banco Central.

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Outro motivo é a falta de políticas públicas para ampliar o abastecimento do mercado interno. Ora, com o dólar subindo de R$ 3,80 para R$ 5,30, os produtores preferem vender no mercado exterior. E, para vender internamente, alinham seus preços com o valor em reais que receberiam em dólar, se exportassem. 

O que o governo poderia fazer? Fixar cotas de exportação, a medida que o preço interno suba. Ou seja, para exportar, o produtor teria que vender uma quantidade internamente com o preço referenciado no custo de produção, não na especulação com o dólar.

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Além disso, o governo liberou a Petrobrás para praticar preços internacionais, portanto dolarizados. Isso é bom para os acionistas privados e para o próprio caixa do governo, mas transfere o ônus para o consumidor local, sejam pessoas ou empresas.

Mais uma vez, sofre mais o mais pobre, que já está no limite da sobrevivência.

O governo, por sua vez, arrecada mais, pois muita gente acaba tendo que comprar, mesmo endividando-se, e os impostos incidem sobre preços maiores.

É preciso dar um basta ao desemprego, à carestia, à falta de cuidado do governo com o povo do Brasil. As medidas a tomar são simples, ainda que precisem de competência para serem bem implantadas. Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes não dão a mínima para esse sofrimento, e tudo indica que até o final deste ano a coisa vai piorar.

É hora de luta e acreditar na força do povo para romper esse ciclo de empobrecimento, fome e miséria. E a única saída para conter a carestia e para salvar a democracia é o Impeachment daquele que provoca essa tragédia nacional: #ForaBolsonaro.

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