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      Daniel Quoist

      Daniel Quoist, 55, é mestre em jornalismo e ativista dos direitos humanos

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      Dani Dayan, você não é bem vindo aqui. Game over

      Israel ainda não percebeu que a população brasileira é majoritariamente contra as suas agressões aos direitos humanos, políticos, econômicos e sociais do povo palestino?

      Em seus seis milhões e meio de habitantes será que Israel não teria ao menos um nome para representar o país no Brasil? 
       
      Ao menos um cidadão ou cidadã israelense que não tenha as mãos ensanguentadas na contínua opressão ao povo palestino?
       
      Pelo jeito, parece que não.
       
      Desde setembro que o governo brasileiro vem protelando a concessão do 'agreement' para que Dani Dayan seja embaixador de Israel no país. E sem o 'agreement' Dayan não será reconhecido como maior autoridade diplomática de seu país no país.
       
      É notório o fato de que Dayan foi figura exponencial na luta por estabelecer assentamentos judeus em territórios palestinos, uma forma malévola adicional de perseguição aos palestinos, já não bastassem o uso sistemático de forças militares armadas com mísseis de última geração, drones teleguiados a alvos civis e que têm como adversários civis palestinos desarmados, pior, civis armados com paus e pedras, robustecidos com a imensa força moral que têm os que lutam por causas justas.
       
      Na luta contra o poderio israelense contam-se eventuais revides - igualmente criminosos - feitos por facções paramilitares anti-Israel. 
       
      Mas os contraataques israelenses no estilo "arrasa-Palestina" são inomináveis em intensidade de destruição massiva - matando milhares de pessoas, destruindo aleatoriamente residências, hospitais, escolas.
       
      Israel precisa entender que o Brasil é cioso de sua soberania, tem a defesa dos direitos humanos como um dos pilares de sua política externa e conta com a imensa maioria silenciosa de sua população em favor da criação de um Estado palestino.
       
      Há muito o Brasil deixou de se aliar automatica e subalternamente às decisões, políticas e humores dos Estados Unidos, colocando de pé uma política externa admirável, não belicista e de não intromissão em assuntos internos de outros países.
       
      A gritaria do governo israelense e o estilo falastrão, petulante e nada diplomático do embaixador que, esperamos, seja sumariamente rejeitado, em nada contribuirão para fazerDani Dayan descer goela abaixo do nosso país.
       
      Israel ainda não percebeu que a população brasileira é majoritariamente contra as suas agressões aos direitos humanos, políticos, econômicos e sociais do povo palestino?
       
      E tentar constranger o Brasil levando o assunto à imprensa, longe de desgastar o governo Dilma Rousseff, produz exatamente o contrário, pois o fortalece em termos de soberania nacional e em defesa dos povos oprimidos do mundo.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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